O lança-perfume é fabricado à base de cloreto de etila, um produto químico muito utilizado nos ambientes industriais, inclusive sendo usado como aditivo à gasolina. Seu uso acelera a frequência cardíaca, que pode chegar chegar até a 180 batimentos por minuto - dentre outros efeitos, estão desmaios, alucinações, torpor e vômitos, que se seguem a uma sensação de euforia.
O lança-perfume chegou ao Brasil no Carnaval em 1904, no Rio de Janeiro, sendo rapidamente incorporado aos festejos carnavalescos de todo o país, principalmente nas batalhas de confete, corsos e, mais tarde, nos bailes.
A Rhodia (empresa francesa) fabricava o produto em sua fábrica na Argentina e exportava-o para o Brasil onde era vendido com a marca Rodo, começado a em 1922 a fabrica-lo em sua fábrica de São Bernardo do Campo - logo outras empresas passaram a fabricar o produto, entre as quais a Elekeiroz, que o comercializava com a marca Pierrot - a empresa anteriormente importava-o da Europa - a embalagem era de vidro.
A Elekeiroz, que até os dias atuais tem uma fábrica em Várzea Paulista, antigamente pertencente a Jundiaí, publicava na edição de "O Estado de S. Paulo" de 15 de fevereiro de 1931 um anúncio informando que já havia vendido toda sua produção, não sendo possível atender a outros pedidos.
Em algum momento, as pessoas começaram a inala-lo, o que gerava a partir dos efeitos acima, acidentes e mortes. Em 1961, por recomendação do jornalista Flávio Cavalcanti, o então Presidente Jânio Quadros proibiu seu uso; sua posse sujeita as pessoas até a 15 anos de prisão.
As imagens abaixo mostram anúncios antigos do Rodo e do Pierrot
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