segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

A CASA DE SAÚDE FRATELLANZA ITALIANA EM 1932

A Fratellanza (Irmandade, em italiano), era uma sociedade assistencial constituída por imigrantes italianos que acabou construindo um hospital, ao que parece, inaugurado em 1924; a foto ao lado mostra a fachada do prédio em 1950. O prédio hoje abriga o Hospital Regional e outras unidades voltadas à saúde. 

Um dos líderes da comunidade italiana e dos maiores responsáveis pela criação do hospital foi o Dr. Domingos Anastácio; após seu falecimento, em 1938, o hospital passou a ser chamado Casa de Saúde Dr. Domingos Anastácio. 

O jornal Folha da Manhã, de 1º de julho de 1932 trazia  um anúncio  informando os exames e tratamentos que ali poderiam ser feitos - segundo o anúncio,  tratava-se de "um hospital moderno, situado no mais saudável ponto de Jundiahy, com panorama encantador". 

Segundo o anúncio, quatro médicos atendiam no hospital e na mesma edição do jornal apareciam pequenos anúncios de três deles, um dos quais, Antenor Soares Gandra, o diretor clínico do hospital, foi mais tarde prefeito de Jundiaí; além de parteiro, o Dr. Gandra era "médico-operador e cirurgião" - qual seria a diferença entre essas especialidades? 

De Clóvis de Sá e Benevides, já falamos em outro post; também era mencionado Benedicto Ferraz - ambos médicos da Caixa de Aposentadorias e Pensões da Companhia Paulista, da qual o último era chefe da clínica; era também médico de "creanças". 


Realmente, uma visão interessante da saúde em nossa cidade no início dos anos 1930.





domingo, 23 de fevereiro de 2020

UMA TRAGÉDIA EM 1958

Às 11:55 de 7 de janeiro de 1958 aconteceu uma tragédia em nossa cidade.

Complementando a notícia do jornal "O Estado de S. Paulo",  Vânia Feitosa, produtora cultural e idealizadora do projeto Memórias Póstumas da Cidade, recuperou documentos de nossa Câmara Municipal detalhando os acontecimentos: um ônibus da Auto Ônibus Jundiaí estava sendo levado para uma garagem, situada à Rua Rangel Pestana, para reparo nos freios - era um Chevrolet 1954.

O veículo descia a Rua São Bento e quando tentava entrar na Rangel  teve que fazer uma manobra brusca para não atropelar uma garotinha que atravessava a rua. A partir daí, desceu a Rua São Bento, sem controle e acabou colidindo, no final da rua, com o prédio dos escritórios da Cia. Paulista onde funcionava o "Hollerith" (como era chamada a área de Tecnologia da Informação à época), depois de cruzar os trilhos da E.F. Sorocabana, hoje avenida União dos Ferroviários. 

O ônibus derrubou uma parede dos escritórios; seu motorista,  Joaquim Antunes, de 42 anos, foi levado ao Hospital São Vicente, mas morreu ao chegar,  ficando ferido um funcionário da CP.

Naquela época, a São Bento tinha um sentido diferente - na atualidade, a rua sobe. Foi um gesto heroico; o motorista permaneceu ao volante, buzinando, evitando que o ônibus atingisse pedestres - próximo ao local do impacto, ficava a portaria das Indústrias Andrade Latorre (fábrica de fósforos), e o acidente poderia ter causado mais vítimas.

Joaquim Antunes, que deixou esposa e quatro filhos, era morador da Rua Francisco Pereira de Castro no Anhangabaú e dá nome a uma das ruas de nossa cidade. 


domingo, 16 de fevereiro de 2020

1941: JUNDIAÍ NAS PÁGINAS POLICIAIS DOS JORNAIS DA CAPITAL

Nossa cidade era destaque nas páginas policiais da Folha da Manhã de 9 de outubro de 1941.

O jornal relatava um acidente de automóvel acontecido em Louveira (então pertencente a Jundiaí) - um atropelamento na "curva da morte" da estrada que liga Jundiaí a Campinas, hoje Rodovia Geraldo Dias. 

Uma das pessoas atropeladas acabou falecendo e outras ficaram feridas. 

Um crime aconteceu num lugar chamado Fazenda Velha, localizado nas proximidades da Via Anhanguera, ainda em construção. 

Uma menina de 15 anos esfaqueou uma mulher, que ficou gravemente ferida e foi operada no Hospital São Vicente. 

Ficam algumas dúvidas: onde ficariam a "curva da morte" e a Fazenda Velha? O que aconteceu aos feridos e aos demais envolvidos no fato?    

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

1954: A CICA GANHAVA MAIS UM PRÊMIO

Na década de 1950, o bairro de Itaquera, em São Paulo, era célebre por sua produção de pêssegos - era o maior centro produtor da fruta em todo o Brasil.

Realizava-se ali a Festa do Pêssego; o jornal O Globo, em sua edição de 8 de dezembro de 1954, informava que a CICA recebeu uma medalha de ouro como a melhor produtora de frutas industrializadas. 

Em Itaquera existia a Colônia Itaquera, uma área de cerca de 400 alqueires, onde trabalhavam cerca de 200 famílias. Hoje a região é uma área densamente habitada, periferia da cidade de São Paulo. 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

OS PRIMÓRDIOS DA ETEC VASCO ANTONIO VENCHIARUTTI

Em sua edição de 20 de maio de 1958, o jornal O Estado de S. Paulo anunciava a construção da atual Escola Técnica Vasco Antonio Venchiarutti, anteriormente chamada Colégio Técnico de Jundiaí.

Na ocasião, foi assinado um convênio para tal fim; foram partes a União, o Estado e o Município. Pela União, assinou o ministro da Educação, Clóvis Salgado; pelo Estado, o governador Jânio Quadros e pelo Município, o prefeito Vasco Venchiarutti, que hoje dá nome à escola. 

O jornal menciona também que o 12º GAC, então 2º GO 155, cooperava com a iniciativa, com seus soldados procedendo à limpeza do terreno de 8 alqueires, que foi cedido pela família Storani.

Pensava-se em uma escola para 600 alunos, em regime de internato, que não foi implantado; a ETec entrou em operação em 1966, contando hoje com cerca de 1.500 alunos e é um orgulho para Jundiaí.