segunda-feira, 31 de outubro de 2016

QUARTÉIS DA 2ª COMPANHIA DE COMUNICAÇÕES

A atual 2ª Companhia de Comunicações Leve de nosso Exército foi sediada em nossa cidade de 1950 a 1980, quando foi transferida para Campinas - à época em que esteve em Jundiaí, era denominada 2ª Companhia de Comunicações. 

A unidade era originalmente a  1º Companhia de Transmissões do 1º Batalhão de Transmissões, criado em 1935 no Rio de Janeiro; em 1946 foi destacada desse batalhão, redenominada 2ª Companhia de Transmissões e em 1947 transferida para
Itapetininga.

Naquela cidade, ocupou um antigo quartel que anteriormente sediara o 7º Batalhão de Caçadores da Força Pública (hoje Polícia Militar) e depois o 5º Batalhão de Caçadores do Exército. Esse edifício é  hoje ocupado pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem). 

Ao chegar a Jundiaí, ocupou o velho quartel do centro da cidade, que o então 2º GO 155 havia deixado para transferir-se para suas instalações na região da Vila Rami.  Ocupava parte do prédio o Quartel General da AD/2 (Artilharia Divisionária da então 2ª Divisão de Infantaria).

Em Campinas, a hoje 2ª Cia Com L ocupa modernas instalações localizadas no Jardim Chapadão, próximo a outras unidades militares.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

MAIS UM CASO DE AMOR

Em sua edição de 1º de abril de 1932, a Folha da Manhã noticiava que Pedro Rodrigues, de 26 anos, raptara a menor (e orfã) Anna Fidencio da Silva. Preso, o raptor prontificou-se imediatamente a casar-sa com a moça, tendo a Polícia e a Justiça tomado as medidas iniciais para regularizar a situação do casal.

Tomara que tenham sido felizes....

terça-feira, 25 de outubro de 2016

O BAIRRO DO MOISÉS

O bairro do Moisés compreende a região situada ao redor do trevo da Avenida Jundiaí, uma área nobre, bem próxima ao centro de nossa cidade, com diversos prédios residenciais.

Mas em 1863 tudo era diferente: o jornal "Correio Paulistano", em sua edição de 19 de julho daquele ano, publicava anúncio de venda de uma "importante chácara" situada no bairro, chácara essa que pertencera a um "finado padre". O imóvel parecia ser bem grande: pasto, barro para telhas, dois ribeirões etc.

É interessante notar que o imóvel era chamado "prédio", palavra que hoje tem outro sentido. 

Seria muito interessante também descobrir onde se localizava exatamente  a chácara e qual sua história completa até os dias de hoje.

Também valeria a pena saber quem foi a pessoa que deu nome ao bairro e quem era o finado padre que fora proprietário do imóvel - ficam estes desafios para nossos historiadores.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

UM ESCÂNDALO EM 1930

A imprensa  noticiava que na tardinha do dia 16 de janeiro de 1930, a "messalina" Carmen Gonçalves, residente na Rua Adolpho Gordo (hoje Zacarias de Góes) saiu à rua "em trajes de Eva".

Naquela rua, à época, situava-se a zona boêmia da cidade, o que frequentemente a tornava palco de fatos ora trágicos ora tragicômicos.

Detalhe de estátua de Messalina
exposta no Louvre
O jornal dizia que naqueles dias fazia um calor sufocante, o que em conjunto com o álcool, levou a mulher a sair nua à rua, "indignando a uns e agradando a outros", ainda segundo o jornal, que conclui dizendo que Carmen foi levada ao xadrez (vestida?) e "severamente admoestada" pelo delegado...

Para concluir, vale lembrar que Messalina  (Roma17 DC Roma, 48 DC) foi casada com o imperador romano Cláudio. Era prima dos também imperadores Nero e Calígula (bela família!); mulher   poderosa e influente, com a reputação de promíscua, teria conspirado contra o marido e foi executada quando o plano foi descoberto. 


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

MAIS BASQUETE EM JUNDIAÍ: CAMPEONATO ESTUDANTIL DE 1938

Em post anterior falamos de como o basquete era muito mais desenvolvido em nossa cidade do que atualmente. havendo inclusive um campeonato municipal. 

Mas não era só: a Folha da Manhã de 19.02.38 noticiava a realização de uma "grandiosa matinée dansante" promovida por alunos da "Escola Profissional", para comemorar a conquista invicta do campeonato estudantil de nossa cidade. 

Além do fato em si, é interessante notar as expressões que eram usadas na época: "matinée", "bola ao cesto", "estudantino" e "turma" (ao invés de time) - o idioma evolui, mas o basquete em Jundiaí...

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

ESCOLA NORMAL LIVRE DE JUNDIAÍ, A ORIGEM DE NOSSO "INSTITUTO DE EDUCAÇÃO"

Parte do Colégio Florence, de Campinas, mudou-se para nossa cidade em 1927, fugindo da epidemia de febre amarela que grassava naquela cidade.

O centro de Jundiaí nos anos 1930
Anexa a esse colégio, em 4 de maio de 1928, foi instalada a “Escola Normal Livre de Jundiahy”, que teve  como  diretora  a  Professora  Anna  Pinto  Duarte  Paes.  

Em  15  de  fevereiro  de  1931,  a  Escola Normal Livre passou a funcionar independentemente do Colégio Florence, com a denominação de “Ginásio e Escola Normal de Jundiahy”, um estabelecimento particular  de  ensino.



A escolha mantinha o curso primário, com quatro anos, seguido pelo fundamental, com cinco anos e o curso normal, destinado a formar professores, com quatro anos de duração. 

Segundo a imprensa, funcionava “em amplo prédio situado em uma das principais ruas da cidade”, contando com “laboratórios de Physica, Chimica e História Natural e de campo para gymnastica”. As fotos mostram o prédio (situado à Rua Barão de Jundiaí) e uma aula de "gymnástica".

A escola tinha como fonte de inspiração o “Gymnasio Pedro II”, escola mantida pelo governo federal no Rio de Janeiro e até hoje uma das mais importantes do Brasil.

Em 1935, a denominação mudou para “Ginásio e Escola  Normal  Álvares  Azevedo”,  até que em  11 de setembro de 1945, o governo estadual assumiu a escola, que passou a chamar-se   “Ginásio  Estadual  e  Escola Normal de  Jundiaí”, que deu orgem ao célebre “Instituto de Educação”, atualmente “Escola Estadual Bispo  Dom  Gabriel  Paulino  Bueno  Couto”. 

Uma bonita história, de uma instituição que formou gerações de mestres para nossa cidade, além de inúmeros outros jundiaienses ilustres.

domingo, 2 de outubro de 2016

VIOLÊNCIA NO FUTEBOL: "FOOTBALL IS A GENTLEMAN’S GAME PLAYED BY THUGS”

Os ingleses costumam dizer que "football is a gentleman’s game played by thugs” - algo como "o futebol é um jogo de cavalheiros jogado por bandidos".

Isso infelizmente é verdade, como mostram notícias veiculadas pela imprensa da capital acerca de fatos ocorridos em nossa cidade nos anos 1930, durante um jogo entre os times do Amazonas e do Floresta.

No jogo, José Piovesan, jogador do Amazonas, recebeu "um violento ponta-pé no ventre", que o levou ao hospital, onde foi imediatamente operado.

Mas, ao que parece, o agressor, João Tubini não ficou impune:  foi aberto um inquérito policial, que foi a seguir enviado à Promotoria - ignoramos o que aconteceu depois. 

As notícias levantam algumas dúvidas: a primeira delas diz que o jogo foi entre os times do Amazonas e do Floresta; a segunda, Andarahy e Amazonas. Seria esse Floresta o clube da Vila Rami, ainda existente? E o Andarahy? O Amazonas, ao que parece, seria da região da Vila Rio Branco. São fatos da vida de nossa cidade que vão se perdendo no tempo...