quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

PECHINXA!

Em 17 de novembro de 1854, o "Correio Paulistano" publicava um anúncio oferecendo um sítio em nossa cidade.  

Aparentemente, tratava-se de uma propriedade que era utilizada como uma espécie de hotel - o anúncio dizia que "para ali convergem todas as tropas e passageiros".

Fica a curiosidade: onde se localizaria o Sítio Califórnia? Em post anterior falamos da estalagem do Barão da Ponte, que provavelmente ficava na área da atual Vila Lacerda. Seria o mesmo local? 

É interessante também ver como se escrevia "novembro" - vale a pena checar o lado esquerdo do alto da primeira página daquele jornal:

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

O PROFESSOR FRANCISCO NAPOLEÃO MAIA: UM INTELECTUAL

Em junho de 1959 o então deputado José Romeiro  Pereira apresentou projeto de lei dando o nome de Prof. Francisco Napoleão Maia ao Grupo Escolar de Vila Rami. 

O projeto continha uma sucinta biografia do Prof Napoleão Maia, trazendo alguns fatos interessantes: o Professor era natural de Bragança Paulista, onde nasceu em 1859 (algumas fontes falam em 1860); em 1885, logo depois de formado pela Escola Normal de São Paulo, foi nomeado para a escola rural do Bairro dos Passarinhos - o atual município de Vinhedo. Em 1889 foi diretor do então Grupo Escolar Cel. Siqueira de Moraes. Cursou Direito até o 3º ano, precisando deixar o curso por falta de recursos financeiros.

Além de professor, teve uma atuação importante na vida de nossa cidade, tendo sido um dos fundadores do Hospital São Vicente e da Conferência Vicentina Nossa Senhora do Desterro. 

Era também músico, pianista e compositor, sendo o autor de diversos hinos escolares e sacros. À época em que era  diretor do Grupo Escolar “José Alvim”, em Atibaia, ali regeu a Banda União da Mocidade. 

Com sua primeira esposa, Deolinda, teve seis filhos, dentre os quais a Prof. Maria José Maia de Toledo, que dá nome a uma escola de nossa cidade. Viúvo, casou-se com uma irmã de Deolinda, Ana, com quem não teve filhos. 

Lembramo-nos que, na virada dos anos 1950/60, os alunos do Grupo da Vila Rami usavam como uniforme uma calça ou saia azul marinho e uma camisa branca, onde eram bordadas também em azul marinho, as letras "FNM" - isso era motivo de brincadeira entre as crianças, que faziam piada com a expressão "fenemê", que fazia referência aos caminhões FNM que eram os maiores fabricados no Brasil.

O Prof. Maia faleceu em nossa cidade em 10 de maio de 1949. Até o fim de sua vida esteve ativo fisicamente, cuidando de suas flores, e intelectualmente, lendo muito, inclusive em inglês e latim e, curiosamente, conversando em alemão com seu leiteiro...

A foto do Prof. Maia que ilustra este post foi obtida graças aos esforços das Professoras  Érica Cristina Rodrigues da Silva, Kátia Aparecida da Silva (respectivamente Vice Diretora e Coordenadora da atual EE Prof. Francisco Napoleão Maia) e Vanisa Franciscato, Assessora da Diretoria de Ensino da Região de Jundiaí.

 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

EM 1919 OS SERVIÇOS DE FORNECIMENTO DE ELETRICIDADE JÁ ERAM RUINS

Sempre tivemos muitas reclamações acerca dos serviços de fornecimento de eletricidade em nossa cidade.


E sempre não é força de expressão... A eletricidade chegou a nossa cidade em 1904, fornecida por uma empresa denominada Luz e Força de Jundiaí e já em 9 de março de 1919, o jornal O Estado de S. Paulo mencionava um relatório da diretoria da Argos Industrial, que dizia que sua fábrica não podia funcionar de forma completa por falta de fornecimento regular de energia, apesar de haver um contrato com a Luz e Força. 

Naquela altura, entre os sócios da Luz e Força estavam um de seus fundadores, Eloy Chaves (à esquerda), e o Dr. Olavo Guimarães, que mais tarde seria prefeito de nossa cidade e cuja foto está à direita. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

A LIGAÇÃO FERROVIÁRIA JUNDIAÍ-CAMPINAS EM 1874


O jornal Gazeta de Campinas de 20 de dezembro de 1874 publicava um mapa informando os volumes de carga e passageiros transportados entre Jundiai e Campinas pela então "Estrada de ferro de Jundiahy a Campinas" no mês de novembro daquele ano.

Foram mais de 6 mil passageiros e quase 7 mil toneladas de carga, principalmente café. 


É muito provável que algumas das composições que transportaram essa carga e passageiros foram tracionadas pela locomotiva número 1 (foto ao lado), que foi construída na Inglaterra em pela empresa John Fowler & Co, empresa que durante a 2ª Guerra Mundial chegou a produzir tanques para o exército daquele país.


domingo, 3 de fevereiro de 2019

AS MULAS DESAPARECERAM...

A Gazeta de Campinas de 2 de junho de 1870 noticiava o desaparecimento de duas bestas (mulas) de nossa cidade.

O estranho é que o anúncio foi feito cerca de cinco meses depois do desaparecimentos animais.