domingo, 28 de junho de 2020

JUNDIAÍ TEVE UM JOCKEY CLUB


Conforme podemos ver pelas imagens deste post, fora fundado em nossa cidade o Jockey-Club Jundiaí.


Por iniciativa do vereador José Pedro Raimundo, a Câmara Municipal enviou seus cumprimentos ao novo clube, que com outra correspondência, agradeceu. 

São poucas as informações que conseguimos levantar acerca da entidade; seu presidente provavelmente era o Professor Arthur Chagas Jr, importante figura de nossa cidade. Nascido em 14/01/1902, em Botucatu, era casado com Anna Pontes Chagas; trabalhou em diversas de nossas escolas, tendo em 1959 sido  nomeado Delegado de Ensino de Jundiaí (hoje Diretor de Ensino), cargo que ocupou até a aposentadoria. Foi vereador entre 1956 e 1959, tendo falecido em  14/05/1984.

O clube localizava-se à Rua Barão de Jundiaí 706, provavelmente no prédio da Galeria Bocchino.

Pela falta de outras menções à entidade, acredita-se que o clube nunca tenha saído do papel.  






terça-feira, 23 de junho de 2020

1957: VEREADORES PEDIAM O CONFINAMENTO DAS PROSTITUTAS

Em 23 de novembro de 1957 a Folha da Manhã trazia informações sobre um assunto que vinha agitando a cidade: as "decaídas" (prostitutas) que faziam ponto no centro da cidade. 

Ao que parece a Polícia fechara as casas em que essas mulheres atendiam aos seus clientes, e elas passaram então a procura-los nas ruas, gerando, segundo o jornal, "cenas degradantes". 

O assunto mobilizara a cidade: após três sessões, com o recinto da Câmara totalmente lotado, a edilidade decidiu solicitar, por ofício dirigido ao Delegado de Polícia, o "confirmamento" (sic) da mulheres - provavelmente o jornal quis dizer "confinamento".

Não sabemos como o assunto evoluiu, mas a cidade parece ter "fervido" na ocasião - e o pior, é que o problema persiste, agravado, entre outros fatores, pelo consumo de drogas. 

Há algum tempo tratamos do assunto em outro post, que tem informações adicionais. 

domingo, 14 de junho de 2020

EM JANEIRO DE 1919 A PANDEMIA CHEGAVA AO FIM

Em 15 de janeiro de 1919 o jornal O Estado de S. Paulo noticiava que empresários de nossa cidade entregavam ao prefeito, o Dr. Olavo Guimarães, mais de quatro contos de réis que haviam sido arrecadados junto a comerciantes - o valor era destinado às vítimas da Gripe Espanhola que grassara também em nossa cidade. 

Consta que, em todo mundo, a doença matou entre 17 e 100 milhões de pessoas; no Brasil, foram 35 mil vítimas, dentre elas o presidente eleito, Rodrigues Alves - a pandemia durou aqui cerca de quatro meses. 


A mesma edição,  dizia que os vicentinos de nossa cidade estavam promovendo uma romaria à capela do Senhor Bom Jesus, no bairro do Caxambu, em ação de graças pelo fim daquela pandemia.  

1938: TRALDI ERA A MAIOR VINÍCOLA DO ESTADO

Em sua edição de 27 de março de 1938, O Estado de S. Paulo" falava da vinícola Traldi: era a maior empresa do ramo em nosso estado, produzira mais de 1,5 milhão de litros, 44% da produção de nossa cidade, em que existiam mais 21 produtores de vinho.

O jornal elogiava os produtos da empresa, que como fazia todos os anos, enviava uma caixa de seus produtos ao jornal...


terça-feira, 9 de junho de 2020

JUNDIAÍ E O TROPEIRISMO

A produção de alimentos  tinha muita importância econômica na Jundiaí do final do século XVIII e nas décadas iniciais do XIX. Milho, açúcar, feijão, carne suína e bovina, além de aguardente, eram os principais produtos de nossa cidade. 

Mas havia outro negócio importante na cidade: o dos transportes. Por aqui passava a “Rota do Goiás”, que saía de São Paulo, atravessava Jundiaí, Campinas, Mogi-Mirim, Mogi-Guaçú, rumando para Franca e daí para Goiás; nessa rota, que foi aberta ao redor de 1725 pelo bandeirante Bartolomeu Bueno, tudo era transportado no lombo de muares, que viajavam em grupos chamados "tropas". 

Essas tropas também transportavam mercadorias de e para o porto de Santos. Havia também um ramal da Rota que seguia para o sul de Minas. 

Muitos jundiaienses exerciam atividades ligadas a esse negócio,   criando, domando, alugando e comerciando animais, organizando e conduzindo tropas, produzindo arreios e fornecendo alimentos aos tropeiros. 

Do interior, as tropas traziam produtos como algodão, toucinho e queijos. A partir de Jundiaí, eram enviados para São Paulo porcos vivos.

O trabalho era duro, e a "estrada" ruim: já em 1822 havia reclamações, inclusive sobre queda de pontes, como dissemos em outro post.

As atividades dos tropeiros foram diminuindo à medida em  que as estradas foram sendo melhoradas e carroções passaram a ser um meio mais eficiente de transporte - antepassados meus tiveram um negócio desse tipo, trazendo café do interior para embarque na ferrovia em Jundiaí, rumo a Santos, que passou a operar em 1867.

À medida em que as ferrovias foram sendo implantadas, as tropas deixaram de existir em nossa região; como curiosidade, ainda vi tropas transportando marmelo para fábricas da Cica em Delfim Moreira e Marmelópolis, no sul de Minas, no início dos anos 1970 - a foto ao lado mostra a fábrica em Delfim Moreira; o prédio pertence à Prefeitura da cidade.

terça-feira, 2 de junho de 2020

LEMBRANDO LOJAS TRADICIONAIS DE NOSSA CIDADE


Em sua edição de 5 de novembro de 1952, O Estado de S. Paulo noticiava a realização de um "chá infantil", cuja renda seria destinada às obras do Asilo Barão do Rio Branco, em construção no bairro do Anhangabaú. 


Em que teria se transformado o Asilo? E a Associação Jundiaiense Damas de Caridade, que promovia o evento, qual sua história?

Muito interessante é a relação das casas comerciais que apoiavam o evento; todas já não existem mais, talvez com exceção da Joalheria Nacional. Um detalhe: existiam pelo menos duas livrarias na cidade - quantas teremos agora?