segunda-feira, 26 de agosto de 2019

AS LOCOMOTIVAS BALDWIN 4-6-0 DA PAULISTA E SEU PESSOAL


A foto acima mostra uma foto tirada em nossa cidade em que aparece uma locomotiva da Paulista que tracionava o "trem rápido" entre nossa cidade e Rio Claro. 

Segundo comentários postados no portal "Companhia Paulista de Estadas de Ferro - CP", do Facebook, trata-se de uma das 4 locomotivas Baldwin 4-6-0, que a Paulista utilizou em suas linhas de bitola larga - duas delas foram fabricadas em 1898 e duas 1909. 

O pessoal que publica no portal acredita que essa foto deve ter sido tirada perto de 1918, pois faz parte do álbum do cinquentenário da CP; assim é provável que a locomotiva da foto seja uma das duas de 1909, que tinham a numeração original 70 e 71, e foram renumeradas em 1930 como 60 e 61. Seu peso chegava próximo a 118 toneladas!

O texto faz elogios à tripulação, mas ficam algumas dúvidas para os leigos: o que seria um "agente de jornaes"? Qual seria a diferença entre um ajudante e um auxiliar? 

terça-feira, 20 de agosto de 2019

A CERÂMICA VILLA RAMY EM 1937

A Cerâmica Villa Ramy tornou-se mais tarde a Cidamar e hoje é a Roca, empresa multinacional de origem espanhola.

Seu produto, à época eram tubos e conexões de barro, utilizados para água e esgoto e que eram conhecidos como "manilhas". Mais tarde, passou a fabricar louça de mesa e sanitária.

O anúncio abaixo foi publicado na Folha da Manhã, de São Paulo, em 24 de janeiro de 1937. 



terça-feira, 13 de agosto de 2019

1939: CRIME DE MORTE NA VILA RAMI

Em 30 de novembro de 1939, morreu na Vila Rami o jornaleiro (trabalhador braçal avulso) Ignácio Marques, conforme noticiou alguns dias depois o jornal "O Estado de S. Paulo". 

Segundo constou, a causa da morte foi uma insuficiência cardíaca. Pelo menos, foi isso que disseram a um médico de nossa cidade os indivíduos João Juliatti e um tal de Belarmino; o médico, descuidado, num gesto de caridade assinou um atestado de óbito confirmando a insuficiência cardíaca. 

Mas a história não foi bem essa, e a Polícia descobriu que Ignácio fora agredido no dia 28 daquele mês por Juliatti e mais duas pessoas, Pedro Bueno dos Santos e Benedicto Francisco.

Um legista, da delegacia regional de Campinas veio à nossa cidade e autopsiou o corpo, concluindo ter a morte ocorrido em função de fratura do crânio decorrente da agressão. 

O inquérito foi encaminhado à Justiça, tendo mais tarde os réus sido julgados e absolvidos, conforme noticiou o jornal carioca  "A Manhã", em 20 de setembro de 1941.

O jornal dava conta que todos estavam embriagados; o julgamento foi presidido pelo juiz Oleno da Cunha Vieira, que por muitos anos atuou em nossa cidade. Figuras da nossa história atuaram na promotoria e na defesa dos réus, respectivamente José de Miranda Chaves e José Romeiro Pereira, este mais tarde prefeito de Jundiaí e deputado. 





quarta-feira, 7 de agosto de 2019

1948: TRAGÉDIA MATA PILOTO DE NOSSO AEROCLUBE

Em sua edição de 9 de maio de 1948, a Folha da Manhã noticiava a contratação, pelo Aeroclube de Jundiaí, do piloto Caio Barbosa do Amaral para administrar sua Escola de Pilotagem.

Em agosto daquele mesmo ano, acontece uma tragédia: decolando da cidade mineira de Patos de Minas, para onde fora levar dois jovens bancários de São Paulo para visitar suas famílias,  o avião descontrolou-se e apesar dos esforços do piloto para pousar, acabou caindo em uma avenida do centro da cidade, matando todos os seus ocupantes, como conta o jornal A Noite, em sua edição de 6 de setembro daquele ano. 

O avião era um Stinson 108, similar ao que aparece na foto acima. 



sexta-feira, 2 de agosto de 2019

UMA IGREJA NO MEIO DA RUA

O Professor Maurício Ferreira, através de sua excelente página no Facebook,  traz fotos e  um texto de Wilson Ricardo Mingorance, que nos ensinam um pouco acerca da igreja de Nossa Senhora dos Pretos ou  de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, que  foi demolida em 1922 para prolongar a Rua do Rosário e que aparece acima em foto de 1919.

Poucos conhecem a história desse patrimônio e não há certeza sobre a data de sua fundação, porém em uma das pesquisas feitas por João Borin nas “Cartas de Datas de Chãos e Quintais” (documento de 1657), há a citação sobre um eventual “lote reservado para a Casa de Misericórdia”,  uma capela para a entidade que cuidava de pobres e doentes. 

A capela, provavelmente o templo mais antigo de nossa cidade, situava-se no  Largo do Pelourinho, depois Largo do Rosário e atual Praça Ruy Barbosa e se tornou a igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (ou dos Pretos),  e ocupava o espaço do atual Gabinete de Leitura e o leito da Rua do Rosário, conforme assinalado em vermelho na foto acima.

A igreja era construída em taipa de pilão, coberta com telhas de barro e  piso de madeira. Na época em que não havia cemitérios em Jundiaí, os enterramentos eram feitos no interior da Igreja.. 

Na década de 1920 na gestão do prefeito Olavo de Queiroz Guimarães, foram realizadas inúmeras obras no centro, uma delas o prolongamento da Rua do Rosário, para o qual foi necessária a demolição da igreja, dando origem à atual Rua Major Sucupira; a foto ao lado mostra a Rua do Rosário terminando defronte à igreja.

No dia 15 de junho de 1922 foi expedido um aviso para o translado dos corpos enterrados no interior da Igreja para o cemitério e no dia 22 de agosto foi iniciada a demolição da igreja. 

Hoje, poucos dos que passam por aquele trecho sabem que um dia ali entre o Gabinete de Leitura Ruy Barbosa e o atual estacionamento, situado no terreno anteriormente ocupado pelo quartel do Exército, havia uma igreja.

No lado direito da foto mostrada no início deste post, aparece um prédio ocupado pelo Gymnasio Hydecroft, uma escola que existiu em nossa cidade e de que falamos em outro post; esse prédio parece que foi aproveitado quando da construção do quartel - talvez seja o bloco à esquerda do portão na foto acima.