quarta-feira, 29 de abril de 2020

ABRIL DE 1942: JAPONESES PRESOS EM JUNDIAÍ


No dia 28 de janeiro de 1942 o Brasil rompeu relações com o Japão, em função da 2ª Guerra Mundial; em 31 de agosto daquele ano, foi declarada guerra entre os dois países. 


Mas já antes dessa data a polícia vigiava cidadãos japoneses, tendo a Folha da Manhã, em sua edição de 25 de abril de 1942 noticiado que pessoas foram detidas em Jundiaí, em função de terem em seu poder material proibido, como armas, munições, rádios e outros "elementos comprometedores". 

Na mesma ocasião a "polícia agiu" (?) contra integralistas, pessoas que eram vinculadas a esse movimento político, chamado também de Sigma, que eram oposição ao governo e eram simpáticos aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), que em breve estariam em guerra contra o Brasil.




terça-feira, 21 de abril de 2020

VULCABRÁS: UMA GRANDE EMPRESA QUE ESTEVE ENTRE NÓS


Em 1973, a Vulcabrás inaugurava seus novos escritórios. 


A empresa foi fundada em São Paulo no ano de 1952, produzindo calçados de couro com sola de borracha vulcanizada - era o “752”, um ícone, que teve, entre outros, Paulo Maluf como garoto propaganda, como pode ser visto neste vídeo de 1989

Pouco mais tarde, a fábrica foi transferida para nossa cidade, fabricando outros produtos, como botas de borracha e calçados de PVC. 


No ano de 1973, a Vulcabrás ingressa no segmento de marcas esportivas internacionais, tornando-se nos anos seguintes licenciada para produção e comercialização exclusiva no Brasil de diversas marcas, tais como Adidas, Puma, Le Coq Sportif, Lotto, Reebok e outras; anteriormente, esses produtos eram importados. 


Nos anos 1980, a empresa cresceu por meio da aquisição de outras fábricas do ramo,  localizadas principalmente na cidade de Franca, um importante polo calçadista. Em 1988 os irmãos Pedro e Alexandre Grendene Bartele adquirem o controle da Vulcabrás; sua família já atuava na área. 

Nos anos 1990, buscando reduzir custos utilizando mão de obra mais barata e aproveitar programas governamentais de incentivo, a empresa transfere suas operações industriais para o Nordeste, praticamente deixando Jundiaí. Essas medidas não foram suficientes para evitar sucessivas crises, que foram enfrentadas, principalmente, com grandes cortes de pessoal. 

Na atualidade, ainda detendo um grande portfólio de marcas, a empresa parece estar em situação melhor.

Uma curiosidade na nota que anunciava a inauguração dos escritórios: Roberto Mangieri não era engenheiro, e sim advogado. 






sexta-feira, 17 de abril de 2020

ENCERRAM-SE 105 ANOS DE TRADIÇÃO: RESTAURANTE DADÁ FECHA AS PORTAS



Em 1915, Abílio Ferreira, um imigrante português, fundou em Jundiaí a Padaria e Confeitaria São Sebastião, que tinha como endereço  o número 67 da Praça da Independência (hoje Praça Governador Pedro de Toledo); seu telefone, 111.

Era um estabelecimento requintado, como se pode ver no anúncio abaixo: produtos importados e coisas que a maior parte da população não consumia regularmente.

Na década de 1950, seus filhos transformaram o estabelecimento em um bar e restaurante, chamado Dadá, apelido de Eduardo, filho caçula de Abílio. Continuou a ser um ponto elegante da cidade: além das refeições, muita gente ali se encontrava para o aperitivo do final da manhã ou início da tarde, pessoas lanchavam ao sair da Missa na Catedral, jovens tomavam seus milk shakes e banana splits depois do cinema - enfim era um local para toda a família. Eduardo administrou o restaurante até o ano de 2010, quando faleceu.

Mas agora, o Dadá fecha as portas. Vinha operando, e bem: basta procurar avaliações nas redes sociais, quase todas muito positivas. O local continuava o mesmo, mas a designação do endereço mudou: agora é Rua do Rosário 277.

Ao final deste post, uma foto do fundador com o furgão da Padaria; essa foto, como as demais deste post, são do acervo do Prof. Maurício Ferreira.



   


    quinta-feira, 16 de abril de 2020

    O CINE IPIRANGA


    Em novembro de 1952, O Estado de S. Paulo noticiava a inauguração do Cine Ipiranga.

    A matéria dizia que o Ipiranga equiparava-se aos melhores cinemas de S. Paulo em termos de conforto. Quem o conheceu, sabe que isso era verdade, com suas poltronas verdes. 

    Chamava a atenção também pelo seu mezanino e pelos seus funcionários uniformizados, também em verde (foto abaixo).

    O Ipiranga fechou em 1996; nunca mais Jundiaí teve um cinema do mesmo padrão. 


    quarta-feira, 8 de abril de 2020

    REGRAS PARA O CARNAVAL DE 1940

    A Delegacia de Polícia de nossa cidade, conforme determinação da Chefatura de Polícia, que tinha jurisdição sobre todo nosso estado, fixou regras para o carnaval de 1940:


    Alguns pontos eram interessantes:  estandartes e  letras das músicas seriam submetidas à censura, fantasias de "maltrapilhos" não seriam permitidas e, em termos de bebidas alcoólicas, somente seria permitida a venda de chopp, cerveja e champanhe (!). Nos hotéis e restaurantes, vinho poderia ser servido às refeições. 

    quinta-feira, 2 de abril de 2020

    EM 1919 "A CIGARRA" TRAZIA NOTÍCIAS DE JUNDIAÍ

    A Cigarra foi uma revista publicada na cidade de São Paulo entre 1914 e 1975. Era voltada mais para o sexo feminino, com discurso elitista e pomposo.


    Entre seus colaboradores estiveram Guilherme de Almeida, Monteiro Lobato, Oswald de Andrade, Paulo Setúbal e outros. A partir de 1924, passou a ser editada pela empresa que  editava a revista O Cruzeiro.


    Em sua edição de 1º de março de 1919 noticiava a realização de manobras do Exército em nossa cidade, na região de Itupeva, publicando fotos dos exercícios de campo e depois uma foto de um evento social realizado após a manobra, reunindo "distinctas famílias de Jundiahy" e militares.

    Onde ficaria a casa que aparece na foto?