terça-feira, 28 de agosto de 2018

1877: A PAULISTA CRIAVA MAIS UM HORÁRIO

O jornal "Gazeta de Campinas, em sua edição de 28 de junho de 1877, publicava comunicado da Cia. Paulista de Estradas de Ferro informando que nos "domingos e dias santos", aconteceriam algumas mudanças em seus horários, a principal das quais era a saída de mais um trem de nossa cidade em direção a Campinas. 

Esse trem  teve seu horário fixado "em combinação com um trem da companhia ingleza", a Santos a Jundiaí, que chegava à nossa cidade às 16:45 - buscava-se dar mais opções aos moradores de Campinas que iam a São Paulo naqueles dias. 

O comunicado era assinado por Walter J. Hammond, "inspector geral" da Paulista, que viveu em nossa cidade e acerca do qual já publicamos um post

Hammond teve dois filhos, Paul e Leonard, nascidos em nossa cidade e que morreram na Primeira Guerra Mundial, lutando pelo exército inglês.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

1921: RIXA LEVA A CRIME DE MORTE NA VILA PROGRESSO

O jornal O Estado de S. Paulo noticiou  um crime de morte ocorrido em nossa cidade no dia 6 de julho de 1921.

Os italianos Ricardo Barbatti, marceneiro,  e Primo Boccatti, alfaiate, que mantinham uma rixa antiga, voltaram a discutir e o primeiro matou o segundo com uma facada. Ambos residiam na mesma rua, em prédios fronteiros.

A rixa já os havia levado à Polícia anteriormente, e o assunto, que parecia encerrado, voltou à tona, com desfecho trágico - o crime aconteceu na Vila Progresso. 

A notícia termina dizendo que o morto era casado e deixava além da esposa, uma filha casada. Já o assassino, mais jovem, era casado e deixava três filhos menores, tornando tudo ainda mais triste. 


quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A MUDANÇA DE NOME DA RUA 15 DE NOVEMBRO. SERIA UMA INJUSTIÇA?

A atual rua 15 de Novembro chamava-se antigamente Antonio Bento, tendo recebido a nova denominação em 1951.

Decorridos três anos da alteração, as placas da referida rua ainda não haviam sido trocadas, o que motivou um indicação do então vereador Hermenegildo Martinelli no sentido de que isso fosse feito. 

Fica uma dúvida: quem teria sido Antonio Bento? Seria o magistrado que liderou o movimento abolicionista em nosso Estado (foi juiz em Atibaia, onde inclusive iniciou a construção da Santa Casa) e que organizou o movimento dos Caifazes, que enviava emissários ao interior da Província de São Paulo para entrar em contato com os escravos das fazendas e incentiva-los a fugir, garantindo-lhes recursos e abrigo; os empregados das ferrovias apoiavam fortemente o movimento.

Se era esse o Antonio Bento que dava nome à rua, fica flagrante o equívoco na mudança de nome. Não seria o caso de nossa cidade reparar essa injustiça?


sexta-feira, 3 de agosto de 2018

1969: CÂMARA MUNICIPAL COMBATIA A LIBERDADE DE IMPRENSA

O Jornal da Cidade, em sua edição de 31 de maio de 1969 publicou um editorial criticando o comportamento de alguns vereadores, especialmente durante as sessões da Câmara: uso de palavrões, vedetismo, desrespeito aos que estavam falando etc. 

A publicação provocou a revolta de alguns vereadores, que propuseram uma moção de repúdio ao Jornal, e o que é mais interessante, propondo que o assunto fosse levado ao conhecimento de outros jornais e, acreditem, ao Serviço Nacional de Informações (SNI) - será que isso deveria ser chamado "deduragem"????