Fala-se muito em fenômenos climáticos, especialmente aquecimento global, tempestades; ouve-se também
que teremos um inverno frio – mas dificilmente será tão frio como aquele de
1870.
O jornal “Gazeta de Campinas”, em sua edição de 7 de
julho daquele ano, dizia: “Na fazenda do sr. Francisco
de Queiroz Telles, municipio de Jundiahy, ficou completamente gelada a agoa de
colonia que se continha em um vidro collocado sobre a mesa de uma sala forrada
e assoalhada. Finalmente, no Ribeirão, que banha a Villa de Bethlem de Jundiahy
(Itatiba), a agoa gelou em a superficie de suas margens, na extensão de cerca
de dous palmos por banda.”
O
mesmo jornal, em sua edição de 10 de agosto de 1884, dizia que “ante-hontem á
tarde, entre Louveira e Jundiahy, cahiu uma fortissima chuva de pedras,
julgando algumas pessôas ter sido a maior das que alli se tem visto. Pelo trem
que aqui chega ás 10,45 da manhã veio nos hontem uma grande porção dessas
pedras, notando-se entre elas algumas ainda de tamanho não vulgar. Dizem que
naquelle logar havia hontem, ainda, pedras em quantidade tal
que podiam-se encher muitos wagons”. A figura ao lado mostra como acontecem as
chuvas de pedra.
Para compensar, em seu livro Al Brasile,
publicado em Milão em 1889, narrando impressões de viagem pela então Provincia
de S.Paulo entre 1885 e 1887, o médico italiano Alfonso Lomonaco disse a
respeito de nossa cidade: “além destas vantagens comerciais, recomenda-se pela
salubridade dos ares e doçura do clima”.
As palavras do Dottore Lomonaco correspondem à verdade: o clima em nossa cidade é tropical de altitude, apresentando verões quentes e chuvosos e invernos amenos com pouca chuva. A temperatura média anual é de 18 °C, sendo o mês mais frio julho (média de 15 °C) e o mais quente fevereiro (média de 21 °C).