terça-feira, 28 de maio de 2019

UM JOGÃO EM 1965: VILA RAMI x AEG

O recorte de uma edição de 1965 do extinto Diário de Jundiaí nos traz uma série de lembranças acerca  de nossa cidade. 

Além do próprio jornal, já não estão entre nós os times - o Vila Rami ainda tem uma sede social, onde amigos se reúnem; a empresa AEG, que dava nome ao outro time deixou nossa cidade, o campo da rua Cica hoje é o Centro Esportivo Dal Santo e o redator da matéria, o jornalista Antonio Newton Massagardi já nos deixou - Newton, que também atuava na Rádio Santos Dumont, aparece na foto ao lado entrevistando Pelé. Na foto, dos anos 1960, também aparece Rolando Giarola, que ainda está entre nós.

Fotos e recortes antigos nos mostram como o tempo passa depressa, mas com frequência, como nesse caso, nos trazem lembranças agradáveis.    Ressurgem também palavras que hoje são pouco usadas, como "prélio" e "porfia"...

O recorte é do acervo de Márcio Roberto Borin, que tem muito material acerca do Vila Rami FC.; a foto é do acervo do Prof. Mauricio Ferreira. 

quarta-feira, 22 de maio de 2019

QUASE PERDEMOS O SOLAR DO BARÃO



Em 4 de maio de 1969, o jornal O Estado de S. Paulo trazia matéria acerca da desejada (por  alguns) demolição do Solar do Barão, edifício que hoje é motivo de orgulho para nossa cidade.

A matéria relatava que o então prefeito, Walmor Barbosa Martins era favorável à demolição, assim como os vereadores Reinaldo Basile e Jayro Maltoni, que pretendiam, após a remoção do prédio, que fosse aberta uma rua ligando as ruas Barão de Jundiaí e Rangel Pestana. Enquanto vereador, Walmor, propusera um projeto que autorizava a  demolição, mas que foi vetado pelo então prefeito Pedro Fávaro (é mais uma dívida que nossa cidade tem com Fávaro).

Mas não eram só os políticos: o Estado dizia que uma pesquisa feita pelo Jornal de Jundiaí entre a população, mostrava 2.431 favoráveis à demolição contra 172 contrários. 

A matéria do Estado dizia que como o Patrimônio Histórico, órgão estadual, propusera a manutenção do prédio, a palavra final seria do governador Abreu Sodré, que felizmente não permitiu a demolição.



sábado, 18 de maio de 2019

ANOS 1920: TECNOLOGIA FERROVIÁRIA DE PONTA EM JUNDIAI


A foto acima, extraída do livro "Brazilian articulated steam locomotives", de Eduardo José de Jesus Coelho mostra uma locomotiva Garratt 164 da São Paulo Railway (SPR, depois Santos a Jundiaí), chegando à nossa cidade tracionando um trem de passageiros da Companhia Paulista com destino ao interior.  


As Garratt eram a última palavra em tecnologia: atingiam a velocidade de 110 km/h e eram construídas segundo um conceito não muito convencional: eram articuladas, com três partes, como mostra o esquema ao lado, com a caldeira montada no centro e dois "motores" a vapor montados em estruturas independentes, um em cada lado da caldeira. Isso lhes permitia melhor desempenho em curvas e em linhas de bitola estreita - até os anos 1950 ainda conduziam trens até Santos. Eram fabricadas pela empresa inglesa Beyer-Peacock.  

Na foto, provavelmente de 1929, a Garrat está sendo desengatada, para voltar a São Paulo - a partir de nossa cidade, rumo ao interior, os trens eram tracionados por locomotivas elétricas da Companhia Paulista, similares à que aparece no final deste post e que eram fabricadas pela General Electric. 

Os carros de passageiros, de aço e padrão "heavyweight" foram colocados em serviço na Paulista em 1928, e eram o que havia de mais moderno e luxuoso em nosso país. 

Bons tempos...



quarta-feira, 15 de maio de 2019

1964: NACIONAL CAMPEÃO, PRIMAVERA VICE


Em 25 de outubro de 1964 o Nacional Atlético Clube ganhava o campeonato de futebol de nossa cidade, derrotando a Associação Primavera de Esportes, que fora a campeão do ano anterior.



Na sessão da Câmara Municipal de 27 de outubro, o vereador Rogério Giuntini propunha um voto de louvor à equipe campeã, relatando o fato conforme o documento abaixo. 



quarta-feira, 8 de maio de 2019

COMO OS JUNDIAHYENSES GOSTAVAM DE DISCURSOS!

O Estado de S. Paulo de 20 de junho de 1940 noticiava que em 14 daquele mês  amigos e admiradores do Dr. Raymundo de Menezes ofereceram-lhe um jantar comemorando sua promoção ao cargo de delegado regional de "Pennapolis".

O jantar aconteceu no Bar Spiandorim (onde ficaria?); o que chama a atenção, foram os discursos: nada menos de dez! E mais um, o do homenageado, agradecendo!

Raymundo de Menezes, (1903 - 1984) além de delegado de polícia foi jornalista e escritor. Presidiu por vários anos a União Brasileira de Escritores e recebeu prêmios da Academia Brasileira de Letras, do Ministério da Educação e Cultura, da Câmara Brasileira do Livro e do Pen Clube de São Paulo por suas obras. 

Foi diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de São Paulo e membro da Academia Paulista de Letras.

Dá nome a uma biblioteca púbica em São Paulo.  

quinta-feira, 2 de maio de 2019

ARNALDO CARRARO: UM GRANDE PROFESSOR


Nascido em 18/04/1935 em nossa cidade, Arnaldo Carraro era casado com Jeanne Labayle Couhat Carraro.

Foi professor em diversas escolas de nossa cidade, dentre elas o Colégio Divino Salvador e as Escolas Padre Anchieta - ministrava aulas de História e Sociologia; aulas excelentes, produto de sua imensa cultura e bom humor constante.

Ainda estudante, em 1952, juntamente com Tarcísio Germano de Lemos, Roberto Mangieri, Nize Constantino, Avelina de Brito e Maria Célia Berro, fundou e foi vice-presidente do Teatro do Estudante. Na mesma década, participou das atividades do Grupo Guarany de Comédias, atuando em várias peças, que foram encenadas no salão das Indústrias Andrade Latorre.

Foi também professor universitário, advogado, vereador de 1969 a 1976 e secretário municipal de Negócios Internos e Jurídicos na administração do prefeito Íbis Cruz - faleceu prematuramente em 5 de julho de 2000.
í. P