sexta-feira, 30 de março de 2018

MARÇO DE 1952: A PASTEURIZAÇÃO DO LEITE ERA TORNADA OBRIGATÓRIA E A RUA JOÃO FERRARA ENTREGUE

Louis Pasteur (1822-1895), descobriu em 1864 que ao aquecer certos alimentos e bebidas acima de 60°C por um determinado tempo e depois baixar bruscamente a temperatura do produto,  havia significativa redução do número de micro-organismos.

No final do século XIX, Franz von Soxhlet propôs a aplicação do procedimento da pasteurização para o leite "in natura", comprovando que o processo era eficaz para a destruição das bactérias existentes neste produto. Esse procedimento mostrou-se fundamental para preservar a saúde dos consumidores.  

A Folha da Manhã de 6 de março de 1952 noticiava que a medida seria obrigatória em nossa cidade, o que provocou a revolta dos leiteiros da cidade, que procuraram apoio junto ao prefeito e vereadores, que pediram o adiamento da medida e outros estudos a respeito; a alegação era de que os custos de pasteurização inviabilizariam os negócios. Não sabemos quando ocorreu, mas a medida acabou sendo adotada. 

Na mesma edição daquele jornal, havia mais duas notas a respeito de nossa cidade: a Câmara iria votar uma proposta no sentido de tornar obrigatória a construção de calçadas (passeios) nas ruas pavimentadas. 

Outra nota era a entrega ao público da Rua João Ferrara, que liga a Rua Cica à Rua Bom Jesus de Pirapora. Essa rua era sujeita a frequentes inundações, como mostra a foto abaixo.








domingo, 25 de março de 2018

1933: ERA INAUGURADO O PALACETE DA FAMÍLIA FILIPPOSI

A Folha da Manhã de 20 de novembro de 1933 noticiava a inauguração do palacete pertencente ao "capitalista sr. Sylvio Filipposi", situado à Rua Barão de Jundiaí.

O pintor Camilo Meloni, nascido em Rio Claro no ano de 1906 foi o responsável pela decoração da casa. Foi famoso em nossa cidade, tendo sido um dos responsáveis pela decoração interna de nossa Catedral, no ano de 1928. 

A festa deve ter sido em grande estilo, com músicos se apresentando antes do grande baile que encerrou o evento. 

quarta-feira, 21 de março de 2018

O "GYMNASIO HYDECROFT" E O VELHO QUARTEL DO EXÉRCITO NO CENTRO DE JUNDIAÍ

Já falamos em posts anteriores dos quartéis do Exército em nossa cidade, o antigo, já demolido, no centro da cidade e o atual na Vila Rami

Recentemente encontramos uma notícia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo de 14 de dezembro de 1917, dando conta da aquisição, pelo governo federal, do prédio onde seria instalado o quartel do centro da cidade. 

No prédio, funcionara desde 1909 o "Gymnasio Hydecroft", que  chegou a ser dirigido pelo Prof. Luiz Rosa, conhecido educador. Além dos cursos regulares, o Hydecroft mantinha  preparatórios para os cursos superiores. 


O Hydecroft funcionava em S. Paulo, à Rua Bento Freitas e transferira-se para Jundiaí fugindo de surtos de febre tifoide e de outras doenças que aconteciam na capital, onde era conhecido como "Collegio Inglez" - o anúncio ao lado foi publicado em dezembro de 1914. Entre seus professores (1909-1916) esteve Mário Guimarães, que deixou o cargo para ingressar no Ministério Público, tendo mais tarde sido ministro do STF - o grande Fórum Criminal situado no Bom Retiro, na cidade de S. Paulo, leva seu nome. 

A imagem ao lado mostra outro anúncio do
Hydecroft. O prédio que é mostrado ali não é o de Jundiaí. 

O time de futebol daquela escola, cuja foto aparece abaixo,  foi o primeiro time do interior do Estado de São Paulo a disputar um Campeonato Paulista, em 1914. Antes destacara-se em jogos contra equipes de outras escolas, dentre elas o da Escola Americana (hoje Mackenzie) e Colégio de S. Bento, ambos de S. Paulo. Enfrentara também o time da Escola Agrícola, hoje ESALQ/USP, de Piracicaba.

O time (Hydecroft Football Club) fora fundado em  1907; seu uniforme era branco e seu escudo era uma estrela vermelha com a letra H maiúscula branca no centro. 


segunda-feira, 19 de março de 2018

COMETAS VOANDO PELA ANHANGUERA


No início de 1949, ocorreu um acidente com um ônibus da Viação Cometa, que se dirigia de Jundiaí para São Paulo.

A estrada era muito perigosa - já se aproximando da Capital, o ônibus bateu em um caminhão que atravessava a estrada, procurando entrar em uma olaria. 

O motorista do ônibus e alguns passageiros ficaram feridos, mas logo em seguida ao fato, o então vereador Lázaro de Almeida (o Arquimedes), atribuía o acidente ao excesso de velocidade, pois era previsto que a viagem durasse uma hora, havendo pressão da empresa para que esse tempo fosse cumprido. 

Se isso fosse realmente verdade, a situação era muito grave: a estrada era menos segura (havia cruzamentos como o que causou o acidente), o acesso ao centro de S. Paulo e Jundiaí, onde os ônibus tinham seus pontos finais, era feito por ruas comuns (não existiam as Marginais) etc. - na atualidade, com estrada e vias de acesso melhores gasta-se uma hora apenas nos horários onde não ha picos. 

De qualquer forma lembro que, nos anos 1950, os Cometas eram famosos pela velocidade que desenvolviam.  Pilotar um deles era o sonho de todo menino...

MAIS UM CRIME MISTERIOSO EM 1941

A Folha da Manhã de 3 de novembro de 1941 noticiava uma tragédia acontecida em Louveira, então pertencente a Jundiaí. 

Na madrugada, um telefonema de Louveira alertou a Delegacia de Polícia de Jundiaí no sentido de que uma mulher morta com uma facada no peito. Algum tempo depois, o corpo de um suspeito, vizinho da vítima, foi encontrado morto na mata, próximo ao local do crime. 


sexta-feira, 16 de março de 2018

AS ÁGUAS DE MARÇO DE 1895 CAUSAVAM PROBLEMAS AO TRÁFEGO FERROVIÁRIO


O jornal "A Cidade de Ytú", em sua edição de 17 de março de 1895, noticiava ter sido restabelecida a ligação ferroviária entre Jundiaí e aquela cidade, suspensa em função de estragos causados pela chuvas - já naquela época as águas de março traziam problemas. O trecho Jundiaí-Itú foi inaugurado em 17 de Abril de 1873, um dia antes da “Convenção Republicana de Itu”, com a presença do então Presidente da Província, o Dr. João Theodoro Xavier.

É interessante notar que Itu tinha ligação ferroviária também com Piracicaba, que também fora prejudicada pelas chuvas - uma ponte provisória estava sendo construída para restabelecimento do tráfego. 

Certamente seria muito bom para todos se essas linhas ainda existissem...


sábado, 3 de março de 2018

1958: MELHORIAS PARA A SEGURANÇA PÚBLICA EM NOSSA CIDADE

Em 17 de setembro de 1958, O Estado de S. Paulo noticiava melhorias para a segurança de nossa cidade. A primeira delas era o início da construção da cadeia do Anhangabaú,  depois demolida e em local hoje ocupado por instalações das forças de segurança.

Outra notícia era a instalação de um contingente da Guarda Civil, inicialmente composto por dez homens que ficariam instalados provisoriamente no Parque da Uva. A Guarda Civil era uma força estadual, fundada em 1926 e que em 1979 uniu-se à Força Pública, originando a Polícia Militar do Estado de São Paulo. A foto acima mostra membros da Guarda, em seu tradicional uniforme azul-marinho.