Em nosso post anterior falamos acerca da chegada da cultura da uva em nossa cidade.
Hoje falaremos de um de seus pioneiros: Arthur De Vecchi, que nasceu na Itália em
1868, tendo chegado ao Brasil em 1908, depois de ter vivido alguns anos na
Argentina. Ao chegar, instalou-se no Município de Campos, no
estado do Rio de Janeiro, onde adquiriu uma usina de açúcar.
Transferiu-se posteriormente para
Jundiaí, instalando-se em um sítio no Bairro da Toca em 1913; ali plantava
uvas.
Em 1918, adquiriu a Fazenda Progresso,
próximo à Vila Arens (essa fazenda transformou-se mais tarde na Vila
Progresso, parte da qual é chamada Vila De Vecchi), implantando ali, a maior cultura vitícola do país: 360.000 videiras
da variedade Seibel 2, numa área de 100 hectares. Era uma propriedade
modelar: ali atuava um engenheiro agrônomo (G. Cunha), aplicava-se
fertilizantes químicos e eram utilizados equipamentos mecanizados.
Em 1920, fundou o Estabelecimento
Enológico De Vecchi, transformado mais tarde na Companhia Viti-Vinícola
Paulista S.A. (1928). A empresa funcionava à avenida Dr. Cavalcanti, ao lado
direito de quem vai para o centro da cidade, pouco antes do prédio hoje ocupado
pela Receita Federal (que fica do lado esquerdo) - no prédio, hoje demolido, funcionaram a fábrica de refrigerantes
Ferraspari e a indústria de bebidas Caldas.
Infelizmente pouca informações
conseguimos levantar sobre a empresa, salvo o registro dos rótulos de alguns de
seu produtos, publicado no Diário oficial de julho de 1936, cuja imagem está
abaixo. Existem no mercado espumantes da marca Líder, mas não pudemos
estabelecer qualquer ligação com a empresa de De Vecchi.
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