domingo, 4 de setembro de 2016

1935: O CAMPEONATO DE XADREZ DE NOSSA CIDADE



No final do ano de 1935, encerrou-se em nossa cidade o campeonato de xadrez organizado   pelo "Núcleo Enxadrístico Jundiahyense" e  do qual participaram jogadores ligados à entidade organizadora e à "Associação do Empregados no Commercio".

O vencedor do torneio foi Mario Tobias de Aguiar; dentre os participantes, algumas pessoas muito conhecidas em nossa cidade, como o vice campeão, o médico  Nicolino de Lucca, que dá nome à maior praça de esportes de nossa cidade, o Bolão; o Professor Lázaro de Miranda Duarte, além de membros de famílias tradicionais de nossa cidade, como Carletti, Taddei, Faggiano, Avallone, Wood e Giollo. Tudo isso é foi relatado pela "Folha da Manhã", em sua edição de 21 de novembro daquele ano.  

Dentro do verdadeiro espírito esportivo, todos os participantes receberam prêmios, medalhas e objetos oferecidos por estabelecimentos comerciais de nossa cidade.

Relembrar esses estabelecimentos é uma volta à infância: a Casa Eichemberger ofereceu uma cigarreira de prata; a Casa Independência, um chapéu; a Casa Trevo, uma camisa de seda e a Casa Rappa, ofereceu uma fruteira. 

Acerca desta última, vale lembrar o que escreveu o saudoso historiador Aldo Cipolato: “A velha Casa Rappa também nos servia de casa bancária. Jundiaí, naquela época, não possuía as agências bancárias que hoje possui. Ali guardava-se e tomava-se dinheiro, a bons juros. Não se exigia outras coisas senão honradez e seriedade, a valerem mais que os avais, endossos e outras exigências de hoje. Para Sperandio Rappa, moral era documento”.

Curiosamente, todos estes estabelecimentos   ficavam na Rua Barão de Jundiaí, o que mostra como nossa cidade era pequena naquela época. 

Quanto ao xadrez, existe (ou existiu) em nossa cidade o "Clube de Xadrez XIII de Agosto", acerca do qual não conseguimos maiores informações.


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