No final do ano de 1935, encerrou-se em nossa cidade o campeonato de xadrez organizado pelo "Núcleo Enxadrístico Jundiahyense" e do qual participaram jogadores ligados à entidade organizadora e à "Associação do Empregados no Commercio".
O vencedor do torneio foi Mario Tobias de Aguiar; dentre os participantes, algumas pessoas muito conhecidas em nossa cidade, como o vice campeão, o médico Nicolino de Lucca, que dá nome à maior praça de esportes de nossa cidade, o Bolão; o Professor Lázaro de Miranda Duarte, além de membros de famílias tradicionais de nossa cidade, como Carletti, Taddei, Faggiano, Avallone, Wood e Giollo. Tudo isso é foi relatado pela "Folha da Manhã", em sua edição de 21 de novembro daquele ano.
Dentro do verdadeiro espírito esportivo, todos os participantes receberam prêmios, medalhas e objetos oferecidos por estabelecimentos comerciais de nossa cidade.
Relembrar esses estabelecimentos é uma volta à infância: a Casa Eichemberger ofereceu uma cigarreira de prata; a Casa Independência, um chapéu; a Casa Trevo, uma camisa de seda e a Casa Rappa, ofereceu uma fruteira.
Acerca desta última, vale lembrar o que escreveu o saudoso historiador Aldo Cipolato: “A velha Casa Rappa também nos servia de
casa bancária. Jundiaí, naquela época, não
possuía as agências bancárias que hoje possui.
Ali guardava-se e tomava-se dinheiro, a
bons juros. Não se exigia outras coisas senão
honradez e seriedade, a valerem mais que os
avais, endossos e outras exigências de hoje.
Para Sperandio Rappa, moral era documento”.
Curiosamente, todos estes estabelecimentos ficavam na Rua Barão de Jundiaí, o que mostra como nossa cidade era pequena naquela época.
Quanto ao xadrez, existe (ou existiu) em nossa cidade o "Clube de Xadrez XIII de Agosto", acerca do qual não conseguimos maiores informações.
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