A Cerâmica Santa Josefina foi fundada em nossa cidade no ano de 1913, e produzia louças domésticas; foi adquirida pelo italiano Francisco Pozzani em 1934, que alterou o nome da empresa para Cerâmica Carlos Gomes - a fábrica situava-se naquela rua.
A empresa passou a produzir filtros de cerâmica para água, as chamadas velas. A ideia de produzir velas nasceu por praticamente inexistir aqui saneamento básico, o que levava muitas pessoas a contraírem doenças, especialmente o perigoso tifo, o que ocorreu inclusive com um dos filhos de Francisco Pozzani. Naquela época, os filtros existentes eram importados e caros; a partir da iniciativa da Pozzani, seu preço caiu, o que contribuiu para a melhoria da saúde pública.
No final da década de 30 a Cerâmica Carlos Gomes voltou a produzir cerâmica doméstica, como jogos de café e chá, bules e sopeiras, que foram um sucesso de vendas, inclusive sendo exportadas. A sopeira que aparece na foto ao lado tinha a marca CCG/Pozzzani.
Em 10 de agosto de 1952 a imprensa noticiava um incêndio acontecido na fábrica, que foi combatido com dificuldades em função da falta de água, que precisou ser captada do Rio Jundiaí, que passa pelas imediações.
A Pozzani chegou a ter em torno de 1000 funcionários, mas em meados da década de 90 começou a passar por dificuldades financeiras; em 2003, foi vendida e passou a se chamar IBAC – Indústria Brasileira de Artefatos Cerâmicos. Infelizmente a empresa não durou muito após sua venda. Depois de quase 80 anos de funcionamento a Pozzani faliu, deixando dívidas, inclusive de ordem trabalhista.
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