segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

THOMAS ARCHIBALD SCOTT - UM ESCOCÊS JUNDIAIENSE


Thomas Archibald Scott nasceu em Dundee, Escócia, em 20/10/1855. Veio para o Brasil no final do século XIX, contratado para trabalhar para a companhia Paulista de Estradas de Ferro em Campinas. Praticante do futebol em sua terra natal, trouxe o esporte para o Brasil, tendo contribuído para a fundação, em 1900, da Ponte Preta de Campinas, o mais antigo clube de futebol do Brasil.

Em 1902, em função da epidemia de febre amarela que assolou Campinas, a Paulista transferiu suas oficinas e administração para Jundiaí, ocasião em que Scott se radicou em nossa cidade, atuando como contramestre (uma espécie de gerente) das oficinas. Já tinha ligações por aqui, tendo em 1900 sido um dos fundadores do Grêmio CP. 

Em nossa cidade, foi um dos fundadores do primeiro time de futebol de nossa cidade, o Jundiahy Football Club, que durou pouco tempo; mas Scott, fã do esporte, ajudou a fundar o Paulista em 1909, tendo sido membro de sua primeira diretoria. 

Era casado com  Helen Cowie Scott e tiveram 7 filhos, sendo 6 homens - a filha chamava-se Nelly. Faleceu em 5 de fevereiro de 1913; ele e a esposa estão sepultados na quadra 10 do  cemitério NS. do Desterro, onde o túmulo chama a atenção por ter inscrições em inglês (foto ao lado). 

Scott provavelmente morou no prédio que mais tarde foi adquirido pelo Lar Anália Franco, situado na esquina das ruas Prudente de Moraes e Siqueira de Moraes (à época, 30 de outubro), bem próximo às oficinas da Paulista, onde Scott trabalhava. O que se sabe com certeza é que o imóvel, hoje demolido e cuja foto está ao lado, foi vendido por seus herdeiros ao Anália Franco.

Ema curiosidade sobre Scott: em maio de 1906 houve uma greve de ferroviários da Paulista. Um trem especial circulou entre Jundiaí e Campinas; os maquinistas eram o estudante de engenharia Luiz Prado, filho do Conselheiro Antonio Prado, dirigente da ferrovia e Scott. Entre outras peripécias, o trem teve dificuldades em uma subida, pois os grevistas haviam passado sabão nos trilhos!

Sem dúvida, temos um grande dívida com Scott, pois três tradicionais clubes, que continuam em atividade, foram frutos de seu trabalho: a Ponte Preta, o Grêmio CP e o Paulista.

Será que ele não mereceria ao menos ter seu nome dado a uma rua de nossa cidade?





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