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Folia do Divino |
O jundiaiense Diógenes Duarte Paes nos anos 1950 era considerado o maior aquarelista do
Brasil.
O artista, nascido em 29 de janeiro de 1896, desde cedo
mostrou ter vocação para a pintura, herdada de seu avô João Batista de Faria Paes. Permaneceu em
Jundiaí até o início dos anos 20, quando se mudou para São Paulo, onde estudou desenho e pintura com o inglês John
Appleby e com Antonio Rocco.
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Escola da Nhazinha Gata |
Além de aquarelas com cenas de Jundiaí e
outras cidades, Paes produziu óleos sobre
tela. Sua primeira exposição importante, com 50 trabalhos em aquarela, aconteceu em São
Paulo, na Galeria Itá, em 1946. Em 1948 expôs na livraria do Mappin, então a
loja mais sofisticada de São Paulo.
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Pharmacia da Boa Prosa |
Em 1951 apresentou no Museu de Arte de São Paulo a “Exposição de Desenhos Folclóricos”, que
constava de 30 obras entre elas “Folia do Divino”, “O pito de barro”,
“Recomenda das almas”, “Domingo de Ramos”, “Antegozando os fogos” e “Depois da
procissão”.
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Depois da procissão - anjo rico e anjo pobre |
Suas obras mais interessantes mostram cenas
de nossa cidade; dentre elas, uma sala de aula da escola da professora
“Nhazinha Gata”, que funcionava na Rua Baroneza do Japy e uma cena típica das
cidades do interior: em “Pharmacia da Boa Prosa”, grandes nomes da sociedade jundiaiense da
época conversavam, dentre eles o farmacêutico Zacharias de Góes, Carlos
Salles Block, o dentista Conrado Augusto Offa, o prefeito Valdomiro Lobo da
Costa e o padre Lúcio Xavier de Castro.
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Rua do Rosário - ao fundo a igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, demolida em 1922 para a abertura da Rua Maj. Sucupira |
Profundamente inserido na vida de nossa
cidade, Paes fez parte da Banda Aurifulgente, grupo carnavalesco de nossa
cidade fundado em 1915. Na época, para pertencer à Banda, havia um requisito: não se
podia saber tocar qualquer instrumento... O jornal “Folha da Manhã”, de 1º de
março de 1935 dizia que Paes foi o primeiro regente da Banda!
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A Igreja Matriz |
Paes também criou a bandeira de nossa cidade,
que aparece no alto deste blog - venceu concurso estabelecido para sua criação e escreveu
para diversas publicações de nossa cidade e da capital. Muito culto, falava
inglês, francês e espanhol.
O artista faleceu em 1964 e dá nome à
pinacoteca de nossa cidade, instalada no prédio do antigo Grupo Escolar Coronel
Siqueira de Moraes e a uma escola situada no Bairro do Retiro.
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Praia das Astúrias, Guaruja |
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A Ponte Torta |
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