A litorina em uma estação entre Jundiaí e S. Paulo |
Muitos jundiaienses, que estudaram ou
trabalharam em São Paulo e Campinas, ainda se lembram das “litorinas”, trens
que ligavam aquelas cidades, com parada em Jundiaí.
Esses trens, de propriedade da EF
Santos a Jundiaí eram operados conjuntamente por esta e pela Cia. Paulista, e
pretendiam competir diretamente com os serviços de ônibus recém-surgidos que
usavam a Via Anhanguera, então recentemente inaugurada.
Tecnicamente chamados TUE (Trens
Unidades Elétricos),
eram pintados de marrom, com faixas amarelas. As litorinas
eram formadas por um carro-motor (central) e dois carros-reboque; seu peso
vazio era de 111,25 toneladas, com potência de 800 HP e podendo acomodar até
198 passageiros sentados em bancos de couro verde e palhinha, a uma velocidade
máxima segura de 110 km/h.
Saindo da Estação da Luz (ao fundo, a Estação Júlio Prestes) |
Elas foram entregues à E.F. Santos a
Jundiaí entre julho e setembro de 1952, permanecendo em serviço por cerca de 30
anos. Foram construídos pela English Electric, tradicional fornecedora de
locomotivas para a EFSJ.
As litorinas tinham o apelida de
“Gualicho”, um famoso cavalo de corridas da época e que
foi o único cavalo da história a vencer os GPs São Paulo e Brasil por dois anos
consecutivos, em 1952 e 1953, pilotado por Olavo Rosa. Gualicho quebrou o recorde dos 3.000 metros nos dois
hipódromos, sendo que no prado paulista a marca ainda vigorava em 2015.
A
título de curiosidade, cabe dizer que Gualicho nasceu na Argentina...
O triste fim: sucata em Paranapiacaba |
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