Em uma noite de julho de 1931, dois indivíduos adentraram uma casa de tolerância (!) na "zona baixa" de nossa cidade (onde seria??? - ao que parece na rua Zacarias de Góes, à época chamada Adolfo Gordo). Ali pernoitaram. Mais tarde, um frequentador da casa deu o alarme: os dois seriam leprosos, que teriam sido vistos durante o dia andando pela cidade.
À época, a lepra era uma doença temida (ainda é); seus portadores eram segregados do convívio social - no Brasil existia lei para que os portadores de lepra fossem "capturados" e obrigados a viver em leprosários, a exemplo do Hospital de Pirapitingui, situado entre Itu e Sorocaba.
Essa lei foi revogada em 1962, porém o retorno dos pacientes ao seu convívio social era extremamente difícil, face ao preconceito vigente. Na atualidade, a doença pode ser curada.
Refletindo a visão da época, a "Folha da Manhã" de 29 de julho de 1931 terminava o relato do fato recomendando que a polícia mandasse que as "decaídas" residentes no local fossem submetidas a um exame de sanidade. Muito triste...
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