O portal Jundiaí Agora publicou no final do ano de 2017 uma matéria muito interessante relatando que em 1910, os jornalistas jundiaienses Tibúrcio Estevam de Siqueira e João Baptista Figueiredo escreveram e organizaram o Almanach de Jundiahy. O lançamento ocorreu em janeiro do ano seguinte pela Folha Typografia e Pautação, estabelecimento que funcionava também como livraria e papelaria.
Esse almanaque, com 215 páginas, trazia anúncios, poesias, registro de datas importantes de nossa cidade, lista dos povoadores, passatempos e variedades - era uma visão dos tempos em que Jundiaí era uma pacata cidade com 11 mil habitantes.
Um dos anúncios era o de uma "parteira de primeira classe", que atendia às parturientes de nossa cidade - naquela época, a regra era que as crianças nascessem em casa, com o auxílio dessas profissionais. Hospital, apenas em casos raríssimos (só tínhamos o S. Vicente, foto acima); conhecemos pessoas nascidas nos anos 1960 que, em nossa cidade, vieram ao mundo com o auxílio de parteiras. Carolina Belotti Tarteica, ao que parece, era uma profissional com formação muito boa.
O exemplar do almanaque que serviu para a elaboração da matéria faz parte do acervo do Sebo Jundiaí, foi resgatado pelo professor Maurício Ferreira em um depósito papéis para reciclagem. O acaso ajudou a preservar a história da cidade, já que o almanaque é raríssimo.
O exemplar do almanaque que serviu para a elaboração da matéria faz parte do acervo do Sebo Jundiaí, foi resgatado pelo professor Maurício Ferreira em um depósito papéis para reciclagem. O acaso ajudou a preservar a história da cidade, já que o almanaque é raríssimo.
Uma curiosidade: pautação era o trabalho de imprimir linhas em papéis que seriam utilizados para escrita - hoje, papel pautado é cada vez menos utilizado...
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