quarta-feira, 5 de agosto de 2020

UMA DESCRIÇÃO DA JUNDIAÍ DE 1966

A geógrafa Fany Davidovich publicou na Revista Brasileira de Geografia, edição de outubro-dezembro de 1966, um extenso e detalhado artigo descrevendo nossa cidade.

Um trecho interessante relata que em 1947-1948, dois fatos importantes marcaram a vida da cidade e passaram a orientar as formas de sua expansão espacial: a inauguração da via Anhanguera e a construção do viaduto sobre a linha férrea. 

O espaço urbano ampliou-se: graças ao viaduto, desenvolveu-se o bairro da Ponte São João, até então quase isolado. Ali foram instaladas diversas indústrias e houve o conseqüente aumento de moradias operárias principalmente - ela menciona inclusive a transferência do estádio do Paulista FC para a região. 

Ela diz que partir de 1950 houve uma transformação sensível nos  loteamentos, que buscaram ocupar as partes altas da cidade, destinando-as quase que exclusivamente à função residencial. 

Significativamente, foi abandonado o nome de "vila" para esses loteamentos, substituído geralmente pelo de "jardim".  Citam-se entre outros a Chácara Urbana, o Jardim do Lago, os Jardins Cica, Messina e Bonfiglioli, resultantes de terrenos pertencentes à Cica, o Jardim Ana Maria, Jardim Brasil e Parque do Colégio.

É uma visão diferente de nossa Jundiaí; o artigo pode ser visto na íntegra aqui

As fotos são do acervo do Prof Maurício Ferreira e mostram o Viaduto ainda em construção (1949) e a Via Anhanguera nos anos 1950; aparece a fábrica da Roca, à época ainda chamada Cidamar. 

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