A administração pública raramente consegue executar suas funções de maneira a atender às necessidades dos cidadãos.
Prova disso é que a Câmara da cidade de São Paulo recebeu, em 26 de outubro de 1822, documentos dando conta de queixas de tropeiros que transportavam mercadorias, principalmente açúcar, de nossa cidade para São Paulo e Santos - à época, Jundiaí era uma grande produtora de açúcar.
Os tropeiros queixavam-se do estado da ponte do Anastácio, sobre o rio Tietê; essa ponte devia situar-se próximo à atual ponte que em continuação à Via Anhanguera cruza o rio.
Em março daquele ano, a ponte foi vistoriada, tendo se constatado que uma das vigas estava quebrada. Fez-se uma concorrência para conserto da ponte e em 22 de maio houve o pedido para que o governo fizesse o primeiro pagamento, para início dos serviços.
Parecia que tudo iria se resolver, mas no dia seguinte estoura a "Bernarda de Francisco Inácio", um motim promovido em função de rivalidades políticas na então Província de São Paulo". No museu de Itu há um painel de azulejos que faz referência ao movimento.
O movimento só foi sufocado em janeiro do ano seguinte, e durante o mesmo, quase tudo, inclusive o conserto da ponte, foi paralisado - ela continuou a deteriorar-se até cair de vez, prejudicando não apenas os tropeiros, mas os moradores da região e outros viajantes.
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