terça-feira, 13 de agosto de 2019

1939: CRIME DE MORTE NA VILA RAMI

Em 30 de novembro de 1939, morreu na Vila Rami o jornaleiro (trabalhador braçal avulso) Ignácio Marques, conforme noticiou alguns dias depois o jornal "O Estado de S. Paulo". 

Segundo constou, a causa da morte foi uma insuficiência cardíaca. Pelo menos, foi isso que disseram a um médico de nossa cidade os indivíduos João Juliatti e um tal de Belarmino; o médico, descuidado, num gesto de caridade assinou um atestado de óbito confirmando a insuficiência cardíaca. 

Mas a história não foi bem essa, e a Polícia descobriu que Ignácio fora agredido no dia 28 daquele mês por Juliatti e mais duas pessoas, Pedro Bueno dos Santos e Benedicto Francisco.

Um legista, da delegacia regional de Campinas veio à nossa cidade e autopsiou o corpo, concluindo ter a morte ocorrido em função de fratura do crânio decorrente da agressão. 

O inquérito foi encaminhado à Justiça, tendo mais tarde os réus sido julgados e absolvidos, conforme noticiou o jornal carioca  "A Manhã", em 20 de setembro de 1941.

O jornal dava conta que todos estavam embriagados; o julgamento foi presidido pelo juiz Oleno da Cunha Vieira, que por muitos anos atuou em nossa cidade. Figuras da nossa história atuaram na promotoria e na defesa dos réus, respectivamente José de Miranda Chaves e José Romeiro Pereira, este mais tarde prefeito de Jundiaí e deputado. 





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