sexta-feira, 24 de novembro de 2023

O CAMPINAS CRICKET CLUB VEIO A JUNDIAÍ

O cricket é um esporte de origem inglesa.

No final do século XIX foram criados vários clubes dedicados a ele, um dos quais o Campinas Cricket Club. 

Nosso amigo Moisés H G Cunha, que
pesquisa a história do esporte, nos enviou um recorte da edição de 27 de junho de 1885,  do jornal Correio Paulistano, à época o mais importante jornal paulista,  que noticiava uma viagem de membros desse clube à nossa cidade - provavelmente, tratava-se de um piquenique. 

É muito interessante observarmos as atividades desenvolvidas: jogos, lutas, danças etc. - tudo terminando com um "jantar opíparo".

Mas nem tudo correu bem: um jovem perdeu o controle de um cavalo que montava, bateu a testa "em um pau" e sofreu um "grande ferimento"...

Um dos presentes era o inglês Walter John Hammond,  funcionário da Cia. Paulista, que teve dois filhos, nascidos em Jundiaí, mortos na 1ª Guerra Mundial, lutando pela Inglaterra.

Quando da visita do Campinas Cricket Club a Jundiaí, Hammond provavelmente residia em Campinas, pois o jornal dizia que na ocasião ele fez um discurso homenageando os "jundiahyanos"

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

EM 1947, UMA NOVA LINHA DE ÔNIBUS LIGAVA S. PAULO/JUNDIAÍ/CAMPINAS

 O jornal "O Estado de S. Paulo" noticiava que a partir de 12 de abril de 1947 seria inaugurada uma linha de ônibus ligando São Paulo a Campinas, com parada em  Jundiaí. 

Como o escritório da empresa em nossa cidade ficava na Rua do Rosário, é bastante provável que fosse esse o ponto de parada dos ônibus em Jundiaí. 

A linha seria operada por pela empresa Expresso Bandeirantes Viação, e inicialmente seriam dois horários diários.

Como a Via Anhanguera teve a pavimentação inaugurada em 1948, deve-se supor que fosse uma viagem bastante demorada e desconfortável.

domingo, 22 de outubro de 2023

EM 1912, O AMOR GERAVA RAPTO


Em 24 de julho de 1912, O Estado de S. Paulo
relatava que o pai de uma garota de 15 anos, residente em Louveira, então município de Jundiaí, queixara-se à polícia por ter a garota sido "raptada" por seu noivo.

A notícia dizia ser provável que o casal tenha ido para a localidade de Campo Largo, Jarinu, onde o "raptor" teria parentes.

Curioso é que ao descrever a menina raptada, a nota dizia que ela estava descalça...


segunda-feira, 16 de outubro de 2023

UMA VISÃO DE JUNDIAÍ NO INÍCIO DO SÉCULO XIX

Em sua edição de 27 de agosto de 1937, O Estado de S. Paulo publicava uma longa matéria dedicada à história de nossa cidade.

Um trecho interessante falava da existência de oficinas que preparavam cangalhas, selas, ferraduras e outros equipamentos destinados às tropas de muares que iam para Minas Gerais, Cuiabá, Goiás e outros lugares, como um chamado Farinha Podre,  que ficava na região do hoje chamado Triângulo Mineiro.

A matéria fala também da visita que Luís D'Alincourt, um militar, escritor e pesquisador português, fez à nossa cidade em 1819.

D'Alincourt conta que a cidade tinha quatro ruas paralelas, mas apenas duas casas "de uma certa feição" e que as outras não passavam de casebres de taipa. 

Falava também do bócio,   um aumento do volume da tireoide geralmente causado pela carência de iodo, que deixava volumoso o pescoço das pessoas, fazendo com que elas passassem a ser chamadas "papudas" - O bócio atacava até mesmo crianças. 

domingo, 17 de setembro de 2023

1929: O TIFO MATAVA EM NOSSA CIDADE

Chamamos tifo a um conjunto de infecções bacterianas transmitidas por parasitas como piolhos, ácaros e pulgas.

Atualmente o tifo não é muito comum e normalmente aparece em contextos de más condições de salubridade e grandes aglomerados de população.

Não existem vacinas que possam prevenir a doença, que é tratada com antibióticos e exige melhoria das condições de higiene para que não prolifere.   

Segundo a edição de 24 de dezembro de 1929
do jornal O Estado de S. Paulo, o tifo grassava em nossa cidade, inclusive tendo feito uma vítima fatal, um jovem que residia à rua Siqueira de Moraes.

O jornal alertava a população acerca da necessidade de combater as moscas,
tidas 
como as transmissoras da doença, com o uso de inseticida - o flit, como era chamado. 

Mas dizia que não adiantava usar o flit em uma casa isoladamente, pois as moscas iriam se retirar e voltar em seguida; a proposta era que todos os dias, às 10 e às 20 horas, toda a cidade aplicasse o inseticida.

O jornal dizia que "quem for pobre deveria mandar encher seu pulverizador na Câmara, gratuitamente"...

As doenças infecciosas fazem vítimas há muito tempo...



O

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

1886: PADARIA DA RUA BARÃO MUDAVA DE DONO

Em 28 de dezembro de 1886 O Estado de S. Paulo noticiava a venda de uma padaria situada "à rua do Barão de Jundiahy, largo da
Matriz". 

Os compradores eram Attilio Massili e Luigi Massagli - o vendedor Vincenzo Pardini.

O anúncio dizia que os compradores esperavam "continuar a merecer a confiança do público e bons freguezes, a quem servirão com a maior promptidão".

Seria interessante saber o que funciona hoje na área anteriormente ocupada pela padaria.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

HIGHWAY HI-FI, UMA VITROLA PARA CARROS

A Columbia Records lançou nos anos 1960 seu “Highway Hi-Fi”, uma vitrola para ser instalada em automóveis. 

A foto abaixo mostra o aparelho instalado no Volvo P1800 1967 do jogador do Manchester City  Mike Summerbee. 

Note-se que, pelo seu tamanho, o Highway Hi-Fi não podia tocar os LPs de 12 polegadas, os discos mais comuns da época. 


segunda-feira, 14 de agosto de 2023

LOJA DE CALÇADOS ESTAVA À VENDA EM 1870

Em sua edição de 18 janeiro 1870, o Correio Paulistano trazia o anúncio de uma loja de calçados de nossa cidade. 

O anúncio ressaltava os preços e qualidades dos produtos vendidos e dizia também que o negócio precisava de dois aprendizes de sapateiro. 

A loja ficava na rua Direita, hoje Barão de Jundiaí.




domingo, 6 de agosto de 2023

DESMORONAMENTOS PREJUDICAVAM OS TRENS DA SANTOS A JUNDIAÍ

Em janeiro de 1870, chuvas torrenciais causaram desmoronamentos no trecho da Serra do Mar da então Estrada de Ferro de São Paulo, depois São Paulo Railway e Santos a Jundiaí.

Em 19 de janeiro daquele mês, o Correio Paulistano informava que o tráfego de trens ficara prejudicado: trens de carga não correriam entre São Paulo e Santos e, apenas nos dias em que havia a "mala marítima" - correspondência a ser embarcada nos navios que saiam de Santos - haveria um trem que ligaria as duas cidades.

Mesmo assim, os passageiros que resolvessem viajar nesse trem deveriam fazer um trecho da viagem a pé - esse trecho era o chamado 3º Plano da serra - e os passageiros deveriam carregar suas  bagagens nesse trecho.

Os trens entre São Paulo e Jundiaí correriam normalmente.


 










quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Nóbrega & Vieira queriam vender seu negócio de secos e molhados

 Em 1870, o jornal Correio Paulistano anunciava que estava à venda "um negócio de seccos e molhados bem sortido".

O anúncio dizia que o estabelecimento trabalhava com gêneros de muito boa qualidade, e que era "muito afreguezada e em lugar muito excellente" - ficava no "canto da rua do Rosário".

O negócio provavelmente ficava em uma esquina da Rua do Rosário - seria muito interessante saber exatamente onde, se o negócio aconteceu e por que seus sócios, Nóbrega & Vieira queriam passar o estabelecimento à frente.





segunda-feira, 31 de julho de 2023

EM 1870, VIGARISTAS JÁ ASSOLAVAM JUNDIAÍ

Muito provavelmente, vigaristas estavam aplicando golpes em nossa cidade: em sua edição do sábado, 8 de janeiro de 1870, o Correio Paulistano, à época o mais importante jornal de São Paulo, publicava um anúncio assinado por Joaquim Benedicto de Queiroz Telles, o Barão do Japy, avisando os comerciantes de nossa cidade para que nada vendessem ou entregassem a pessoas que diziam estar fazendo compras em seu nome, a menos que apresentassem pedidos por escrito e assinados pelo Barão.

 
Queiroz Telles, (1819-1888), era um homem culto: poliglota e professor de latim, era filho de Antonio de Queiroz Telles, o Barão de Jundiahy  e irmão do Dr. Antonio de Queiroz Telles, o Conde do Parnahyba, tendo anfitrionado Dom Pedro II quando se sua primeira visita a Jundiaí.

Produtor de café em nossa cidade, foi vereador em São Paulo e deputado provincial (deputado estadual) - era Tenente Coronel da Guarda Nacional.
 

domingo, 23 de julho de 2023

UMA PALESTRA DO PADRE RICCI


Em sua edição de 16 de maio de 1933, o jornal O Estado de S. Paulo noticiava que o Padre Dr. Arthur Ricci proferira uma palestra no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa. 

O tema da palestra foi "o porque das difficuldades na catechese dos indigenas". O jornal concluía dizendo que o orador foi muito aplaudido.  

O Padre, mais tarde Monsenhor Ricci (1903-1984), foi um personagem muito importante na vida de nossa cidade.

Foi pároco da então Matriz, hoje Catedral, tendo trabalhado muito pela criação da Diocese de Jundiaí e por outras causas nobres, como a Casa da Criança.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

A FALÊNCIA DA COMPANHIA CERÂMICA VILLA RAMY

O Estado de S. Paulo de 29 de junho de 1915 trazia um edital anunciando a venda dos bens da massa falida da "Companhia Cerâmica Villa Ramy"
- após a venda a empresa continuou operando, recebendo mais tarde os nomes de Cidamar e Incepa - atualmente pertence ao grupo espanhol Roca. 

É muito interessante conhecer alguns dos bens que pertenciam |à empresa, além das instalações industriais propriamente ditas, descritas como "possantes e moderníssimos machinismos ceramicos"

- área de 200 mil metros quadrados

- casas para 20 famílias de empregados

- 3 quilômetros de via férrea interna

- uma linha férrea de 3,5 quilômetros ligando a fábrica à estação ferroviária; nas proximidades desta, um terreno com 10 mil metros quadrados, provavelmente utilizado para guarda de produtos a serem despachados e matérias primas que chegavam.

 

quarta-feira, 28 de junho de 2023

A fábrica de cadeiras de Guido Pellicciari

Em sua edição de 8 de novembro de 1936, o jornal O Estado de S. Paulo publicou matéria especial sobre nossa cidade, da qual constaram anúncios de diversas empresas da cidade. 

Dentre essas, estava a fábrica de cadeiras de Guido Pellicciari, uma grande empresa para os padrões da época. 

A fábrica situava-se no bairro de Vila Arens, onde hoje existem dois grandes edifícios residenciais, um tem seu nome e outro o de sua esposa.

A  empresa ganhou notoriedade pela quantidade e qualidade de seus produtos, atingindo em pouco tempo o título de maior empresa do ramo no Brasil.

Guido Pellicciari também foi vereador em Jundiaí; nasceu em 1897 e faleceu em 1972. 

segunda-feira, 19 de junho de 2023

1903: É FUNDADO O JUNDIAHY FOOTBALL CLUB

Em artigo publicado na Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, edição de agosto de 2021, Guilherme Grandi e Marcelo Roubicek contam que a   primeira tentativa de criação de um time de futebol ligado aos ferroviários da Companhia Paulista alocados no município de Jundiaí, fundamentalmente nas oficinas de construção, reparos e manutenção do material ferroviário, se deu em 1903 por meio do Jundiahy Foot Ball Club.

Segundo os autores, a fundação do clube  aconteceu durante "reunião reunião realizada em frente à locomotiva nº 34, estacionada no pátio de manobras, perto da fundição".

Sua primeira partida foi disputada em 24 de
junho de 1903 contra a Associação Atlética União da Lapa, equipe oriunda do bairro operário da Lapa, da cidade de São Paulo, onde a presença de ferroviários da companhia inglesa São Paulo Railway também era expressiva. 

O jogo foi realizado em um campo no bairro da Barreira, próximo à sede da Companhia Paulista  em Jundiaí; os atletas usaram como vestiário um vagão de trem estacionado nas proximidades do campo onde se realizou a partida. A equipe da Lapa venceu por um a zero. 

A escalação do Jundiahy para esse jogo foi a seguinte: John Normanton; A. Henworthy e T. Scott; G. Hanikel, Curadi e Pacheco; Ribeiro, Rogek, J. Henworthy, Frederico Fuller e Leite; na reserva, J. Simões e A. Simões.

A foto acima lado mostra uma das formações da equipe, não se conhecendo a data em que foi feita.

O Jundiahy Football Club foi extinto em 1908, segundo diz a historiadora   Ana Lucia Duarte Lanna em trabalho que apareceu na publicação  Varia Historia, de 2016.

domingo, 18 de junho de 2023

Arens Irmãos, uma das maiores empresas de nossa cidade

Na edição de 4 de fevereiro de 1900, um domingo, o jornal O Estado de S. Paulo  publicava um anúncio da Arens Irmãos,  uma das maiores empresas de nossa cidade, à época. 




sábado, 3 de junho de 2023

1972: A SITUAÇÃO DO PAULISTA FC ERA DESESPERADORA


 

A situação que o Paulista FC vive hoje não é inédita: em sua edição de 17 de dezembro de 1972, o jornal O Estado de S. Paulo dizia que a situação do clube era "desesperadora": o Paulistinha, torneio que classificaria times pequenos para o Campeonato Paulista chegava ao fim, e o time de nossa cidade estava em último lugar.

Os salários não eram pagos há quatro meses e as dívidas cresciam, tendo o telefone e a luz do estádio sido cortados - é mais ou menos o que acontece hoje - e não há perspectivas de melhora.  

segunda-feira, 24 de abril de 2023

EM 1972, IBIS CRUZ ERA ELEITO PREFEITO DE JUNDIAÍ

 Em sua edição de 19 de novembro de 1972, o jornal O Estado de S. Paulo publicava os resultados das eleições municipais acontecidas em nossa cidade.

O vencedor foi Ibis Pereira Mauro da Cruz, que concorreu com pessoas bastante conhecidas em nossa cidade:  Urubatan Salles Palhares, que foi deputado federal,  Vitória Furlan de Souza, Jayro Maltoni, que foi deputado estadual e federal e Otávio Betelli.

Como curiosidade, o fato de existirem  apenas dois partidos, Arena e MDB, mas cada um podia lançar mais de um candidato.



sexta-feira, 21 de abril de 2023

1886: BOIS SOLTOS ERAM PROBIDOS NO CENTRO DA CIDADE

 

Na sessão da Câmara Municipal acontecida
em 23 de fevereiro de 1886, o vereador Reducino narrou um fato que havia presenciado: a invasão de um estabelecimento comercial por um boi que era conduzido ao matadouro.

O estabelecimento, de propriedade de João Varanda, ficava na Rua Senador Fonseca. 

O Vereador propôs que fosse proibida a condução do gado solto, como era costume, e que quando o mesmo precisasse cruzar a cidade, fosse conduzido pelo Largo de São Bento e descesse para a Rua da Palha (atual Prudente de Moraes).

A proposta foi votada e aprovada.

sexta-feira, 24 de março de 2023

NOMES ANTIGOS DE NOSSAS RUAS

 É curioso saber os nomes antigos de algumas de nossas ruas e praças: 

- Rua Barão de Jundiaí, Rua Direita

- Rua do Rosário, Rua Francisco Glicério e anteriormente, Rua dos Antunes 

- Rua Eng. Monlevade, Rua do Pelourinho

- Rua Rangel Pestana, Rua Marquês de Monte Alegre

- Rua XV de Novembro, Rua Santa Cruz

- Rua Prudente de Moraes, Rua da Palha 

- Rua Marechal Deodoro da Fonseca, Rua Capitão Damásio, anteriormente Rua do Piolho

- Vila Arens, bairro do Pito Aceso

- Rua Secundino Veiga, Rua Jacinto Borges

- Rua Siqueira de Moraes, Ladeira do Matadouro





domingo, 5 de março de 2023

"LAMBRETISTAS" PREJUDICAVAM O SOSSEGO

Em 23 de março de 1964, o então vereador Lázaro de Almeida,  sugeriu providências da Guarda Civil no sentido de coibir abusos dos "lambretistas", pilotos das velhas Lambrettas, que circulavam pela cidade com o escapamento de suas máquinas abertos, prejudicando o sossego da população.

Lázaro de Almeida, nascido em Valinhos no ano de 1916 e falecido em Jundiaí em 1995, era conhecido como "Arquimedes".



Farmacêutico, extremamente querido, foi vereador e presidente da Câmara em várias legislaturas.

Líder comunitário, envolveu-se com artes e esportes; de temperamento otimista, era um pacificador de conflitos nato.

Seu sobrinho, o Prof. Francisco José Carbonari, também tem um grande histórico de serviços prestados à nossa cidade e ao nosso estado, tendo ocupado entre outros cargos os de  vereador, secretário municipal da Educação e presidente do Conselho Estadual de Educação. 



terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Em 1868, já tínhamos regras de trânsito



Em 21 de abril de 1868, o presidente da Câmara de nossa cidade fixou regras para estacionamento das tropas de animais que vinham fazer entregas em nossa cidade.

De acordo com essas regras, as tropas só poderiam estacionar nos largos de São Bento, do Rosário (atual Praça Ruy Barbosa) e  do Rocio (atual Praça da Bandeira). 

Também era permitido o estacionamento "atrás da Matriz" (Praça Mal. Floriano Peixoto) e na Rua da Palha, atual Rua Prudente de Morais.

A cidade começava a se organizar... 

domingo, 19 de fevereiro de 2023

Área do velho quartel seria transformada em praça



Em sua edição de 24 de agosto de 1972, o jornal O Estado de S. Paulo falava da possibilidade de transformação da área ocupada pelo quartel da 2ª Cia Com, bem no centro da cidade, em uma "moderna praça".

O quartel estava sendo deixado pelo Exército e discutia-se o destino da área, que seria desapropriada pela Prefeitura.

Seria interessante saber porque a ideia não foi à frente e a área passou a pertencer a particulares...

domingo, 5 de fevereiro de 2023

1972: INDÚSTRIA É ASSALTADA


Em sua edição de 6 de maio de 1972, o jornal "O Estado de S. Paulo" noticiava um assalto acontecido em nossa cidade.

Segundo a notícia, quatro homens armados com metralhadora invadiram a indústria AEG - Telefunken, situada na estrada hoje denominada D. Gabriel Paulino Bueno Couto, a estrada de Itu, como ainda é conhecida.

Os bandidos levaram o dinheiro que era destinado ao pagamento dos funcionários da empresa, que naquela época ainda era feito em dinheiro vivo. 

 

sábado, 4 de fevereiro de 2023

ALÉM DO SOLAR DO BARÃO, PREFEITURA PRETENDIA DEMOLIR TAMBÉM O SIQUEIRA DE MORAES


 Durante algum tempo, a Prefeitura de Jundiaí, que tinha à frente Walmor Barbosa Martins, brigou pela demolição do Solar do Barão, pretendendo ali construir uma ligação entre as ruas Barão e Rangel Pestana.

Felizmente, perdeu a briga e temos hoje o Solar como um ponto de referência de nossa cidade. 

Mas os partidários do "bota abaixo" também tinham outro alvo, o prédio do então grupo escolar Siqueira de Moraes, hoje a Pinacoteca Diógenes Duarte Paes. 

O prédio, que foi a primeira escola pública de nossa cidade, construído em 1896, felizmente resistiu e segue importante para a cultura da cidade. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

TIÃO GENEROSO: UM PERSONAGEM DO SAMBA JUNDIAIENSE

Quem nos conta essa história é o velho amigo Andrade Jorge, escritor, poeta e sambista.

Segundo Jorge, todos conheciam Sebastião 
Generoso em Jundiaí: nas rodas de samba era o Tião Generoso, um negro magro, alto, fala doce e envolvente e riso cativante, que aprendeu tocar todos os instrumentos de percussão e acabou se tornando Apitador de Escola de Samba, como eram chamados os atuais Mestres de Bateria. Jogava bola também, nunca foi craque, mas jogava.

Nos anos 1960, a tradicional escola de samba Além Viaduto, do bairro Ponte São João, convidou Tião para comandar sua bateria nos desfiles de Carnaval. Naquele ano o Jorge também tocava na bateria da Além Viaduto, tendo ao seu lado Nego Veio, outra lenda do samba jundiaiense, mais tarde também Mestre de Bateria.

Convite aceito, meses de ensaio e o Apitador firme, sempre presente. No dia do desfile, a Escola se concentrou em frente ao clube São João, aguardando os ônibus que a levariam ao centro da cidade, onde aconteceria o desfile.

A saída dos ônibus estava marcada para as 17 horas. Já eram 16h30 horas e cadê o Tião Generoso? Começou bater um desespero nos diretores e nos batuqueiros. O relógio chegou às 17 horas e nada de Tião, até que apareceu alguém e disse que havia visto o negão embaixo do viaduto da Ponte São João, finamente trajado, todo de branco: calça, camisa, paletó e sapatos.

Os diretores rumaram para o local imediatamente - o viaduto fica perto do Clube. A espera foi longa, mas de repente surge Tião Generoso ao lado dos diretores, todo sorridente, e dirigindo-se aos batuqueiros foi longo disparando: “vamos embora gente, temos um carnaval pra ganhar, vocês estão esperando o que?”

Esse era o Tião Generoso, que naquele ano levou a Além Viaduto a vencer o carnaval, desbancando a famosa escola de samba Caio, uma das pioneiras de Jundiaí.

Anos mais tarde os amigos mais próximos ficaram sabendo o motivo do sumiço do Tião: haviam prometido a ele um dinheirinho para comandar a bateria, e até o dia do desfile a diretoria não havia cumprido o prometido. Espertamente, Tião postou-se embaixo do viaduto, esperando que alguém cumprisse o trato - parece que cumpriram, e a escola ficou campeã.

Tião já nos deixou há alguns anos. A foto que ilustra este texto é do acervo do Prof. Maurício Ferreira.