A foto acima, extraída do livro "Brazilian articulated steam locomotives", de Eduardo José de Jesus Coelho mostra uma locomotiva Garratt 164 da São Paulo Railway (SPR, depois Santos a Jundiaí), chegando à nossa cidade tracionando um trem de passageiros da Companhia Paulista com destino ao interior.
As Garratt eram a última palavra em tecnologia: atingiam a velocidade de 110 km/h e eram construídas segundo um conceito não muito convencional: eram articuladas, com três partes, como mostra o esquema ao lado, com a caldeira montada no centro e dois "motores" a vapor montados em estruturas independentes, um em cada lado da caldeira. Isso lhes permitia melhor desempenho em curvas e em linhas de bitola estreita - até os anos 1950 ainda conduziam trens até Santos. Eram fabricadas pela empresa inglesa Beyer-Peacock.
Na foto, provavelmente de 1929, a Garrat está sendo desengatada, para voltar a São Paulo - a partir de nossa cidade, rumo ao interior, os trens eram tracionados por locomotivas elétricas da Companhia Paulista, similares à que aparece no final deste post e que eram fabricadas pela General Electric.
Os carros de passageiros, de aço e padrão "heavyweight" foram colocados em serviço na Paulista em 1928, e eram o que havia de mais moderno e luxuoso em nosso país.
Bons tempos...
Bons tempos...
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