Os TGs são estruturados de modo que o convocado possa conciliar a instrução militar com o trabalho ou estudo; a organização de um TG ocorre em acordo firmado com as prefeituras e o Exército, que fornece os instrutores (normalmente sargentos ou subtenentes), fardamento e equipamentos, enquanto a administração municipal disponibiliza as instalações. Por essa razão, geralmente, o prefeito se torna o diretor do TG.
Existem hoje mais de 200 TGs distribuídos por quase todo o território brasileiro. Antigamente chamados "Linhas de Tiro" tiveram origem em 1902, quando se fundou na cidade de Rio Grande (RS) uma
sociedade de tiro ao alvo com finalidades militares — essa e outras similares transformaram-se a partir de 1916 em estruturas vinculadas ao Exército, na esteira da pregação de Olavo Bilac em prol do serviço militar obrigatório - como não era possível ter unidades regulares do Exército em todo o pais, os TGs acabaram tornando-se a presença do exército em muitas localidades.
sociedade de tiro ao alvo com finalidades militares — essa e outras similares transformaram-se a partir de 1916 em estruturas vinculadas ao Exército, na esteira da pregação de Olavo Bilac em prol do serviço militar obrigatório - como não era possível ter unidades regulares do Exército em todo o pais, os TGs acabaram tornando-se a presença do exército em muitas localidades.
Em função de o Exército estar aqui desde 1922, quando começou a operar o 2° Grupo de Artilharia de Montanha, hoje 12º GAC, foi com surpresa que descobrimos ter existido aqui um Tiro de Guerra, o TG 132 - afinal, os TGs eram instalados prioritariamente em cidades em que não existiam unidades regulares do Exército.
As informações sobre nosso TG são poucas; a primeira notícia que encontramos acerca do TG, dava conta que em 1º de setembro de 1932 fora inaugurado o stand do Tiro de Guerra (à época chamado Linha de Tiro), situado na Ponte de S. João. Em junho de 1931 foi nomeado instrutor o sargento Arnaldo Ferreira Bastos; em 3 de janeiro de 1932 foi eleita a diretoria do TG, presidida por João Henrique Bezerra; outras personagens importantes de nossa cidade faziam parte da diretoria: Tibúrcio Estevam de Siqueira, Waldomiro Lobo da Costa, Alceu de Toledo Pontes, Casemiro Brites de Figueiredo (eleito presidente em 1934), Thomaz Pivetta (foi prefeito de nossa cidade), Hugo Olivato e Mario Bocchino (entre outros). Boaventura Pereira Neto foi também presidente do TG.
Em fevereiro daquele ano, foi nomeado instrutor o sargento Alcides Vilar de Azevedo. Serviam jovens de 21 anos de idade; o curso durava cerca de 6 meses.
Em fevereiro daquele ano, foi nomeado instrutor o sargento Alcides Vilar de Azevedo. Serviam jovens de 21 anos de idade; o curso durava cerca de 6 meses.
Na revolução de 32, os membros do TG foram encarregados do policiamento da cidade, pois os militares do Exército e da Força Pública foram deslocados para a frente de batalha.
Em 20 de setembro de 1935, a Folha da Manhã anunciava a realização de um jogo de futebol entre reservistas daquele ano e os de 1934 - a nota dizia que o 132 era um dos mais antigos de nosso estado.
Com a criação de uma "Unidade-Quadro" como parte do 2º Grupo de Artilharia de Dorso (hoje 12º GAC), uma bateria destinada a formar reservistas de 2ª categoria, o TG 132 encerrou suas atividades em fins de 1936.
A sede do TG 132 ficava rua Capitão Damásio (atual Marechal Deodoro da Fonseca), e segundo o Cel. Benevides, que comandou o 12º GAC, tinha um estande de tiro na área que hoje compreende o bairro da Colonia. O TG 132 tinha, na virada dos anos 1920 para 1930, uma banda e um "jazz band" - pequena banda que tocava música popular, especialmente jazz, muito em voga na época.
A foto abaixo foi publicada pela revista "Sultana", que circulou em nossa cidade; era o número 24, de setembro de 1935:
A sede do TG 132 ficava rua Capitão Damásio (atual Marechal Deodoro da Fonseca), e segundo o Cel. Benevides, que comandou o 12º GAC, tinha um estande de tiro na área que hoje compreende o bairro da Colonia. O TG 132 tinha, na virada dos anos 1920 para 1930, uma banda e um "jazz band" - pequena banda que tocava música popular, especialmente jazz, muito em voga na época.
A foto abaixo foi publicada pela revista "Sultana", que circulou em nossa cidade; era o número 24, de setembro de 1935:
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