domingo, 7 de julho de 2024

1921: MILITARES SALVAM UMA VIDA EM JUNDIAÍ

 A edição de de 10 de junho de 1921 do jornal
O Estado de S Paulo trazia um agradecimento dirigido a um grupo de militares da unidade do Exército estacionada em nossa cidade, o então 2º Grupo de Artilharia de Montanha, hoje 12º GAC. 

O texto, assinado por Emílio Galafassi, falava dos esforços dos militares que levaram à resolução de um sério problema de saúde que acometera o soldado Guido Galafassi,  da 2ª Bateria da unidade - talvez Emílio fosse pai de Guido. 

Naquela época, havia sorteio para que definir os que prestariam o serviço militar, e Emílio disse que se Guido não tivesse sido sorteado, provavelmente teria sido vítima da "insidiosa moléstia que o acometeu". 

Também é mencionado no agradecimento o anspeçada Manuel Moreira Lima, enfermeiro - anspeçada era uma antiga graduação, entre cabo e soldado. 

Desde aquela época a presença do Exército tem sido importante para nossa cidade.   


A CRECHE DA ARGOS

Fundada em 1913, a Argos Industrial foi uma
das maiores indústrias têxteis do Brasil e a primeira a fabricar brins.

Maior empregadora de Jundiaí até a década de 1930, promoveu intenso movimento de urbanização no bairro de Vila Arens, atraindo moradores em suas vilas operárias, comércio e outras indústrias do ramo.

A Creche da Argos era responsável por abrigar filhos de funcionárias da fábrica durante o período de trabalho e por oferecer a eles educação e cuidados básicos.

A documentação disponível sobre a instituição é escassa, mas sabe-se que no início de suas atividades a Creche era coordenada por freiras salvatorianas, atendendo bebês e crianças até a idade de aproximadamente dez anos.
 
No início, segundo dizia o Jornal da Cidade em sua edição de 11/09/1991, as crianças recebiam alimentação, instrução primária, moral, cívica e religiosa, assistência médica e odontológica e “ainda brincam sob a orientação das abnegadas freiras salvatorianas em salas adequadas”.

Mais tarde, à medida em que a situação da empresa foi se deteriorando, o número de crianças diminuiu muito - as freiras já não estavam mais à frente da Creche, que encerrou suas atividades em 1984, quando a Argos faliu.
 
Foi uma grande perda para Jundiaí.